Na manhã desta terça-feira, 05 de dezembro, militantes do MTST realizaram um ato no escritório da Braskem, no bairro do Butantã, em São Paulo. Com cartazes e faixas com frases como “Não é tragédia, é crime” e “Braskem criminosa”, o movimento exigiu que o Estado tome as medidas necessárias para a responsabilização da empresa pelos crimes ambientais e sociais causados à população de Maceió (AL).

Débora Lima, coordenadora nacional do MTST, explica: “Essas empresas criminosas agem com a certeza da impunidade. Dessa vez não! Que a Braskem pague pela maior tragédia ambiental e urbana da nossa história”.

O afundamento e risco iminente de desabamento de uma área equivalente a mais de 255 campos de futebol em Maceió, devido a décadas de extração predatória de sal-gema pela Braskem, é um desastre-crime socioambiental sem precedentes.

Mais de 55 mil pessoas encontram-se desalojadas e sem apoio da empresa ou do governo, que ainda não liberou acesso a aluguéis sociais ou auxílio emergencial para as vítimas da atuação predatória da petroquímica que, desde 1980, explora a região.

Apesar das pressões da comunidade e de ser formalmente apontada como responsável pela situação em um relatório de 2019 do Serviço Geológico do Brasil, a Braskem nunca assumiu oficialmente a responsabilidade pelo afundamento dos bairros. A empresa, inclusive, chegou a anunciar sua participação na COP28 para discutir “sustentabilidade”, porém voltou atrás dessa decisão.