Foto da Galeria 2: o autor é Ulisses Lima e a foto, de Saulo Souza (Reprodução/mostra a céu aberto)

 

Na próxima semana o Festival Fotografia Tempo e Afeto entra na reta final. A programação que começou com atividades de formação agora está na fase da exposição online, a Mostra a Céu Aberto da Cultura e da Visualidade, que pode ser conferida no site oficial. Logo, no dia 22 de março ocorrerá o lançamento do vídeo-conceito, um exercício experimental de colagens das imagens. A transmissão ocorre via Instagram da Casa Ninja Amazônia, a partir das 20h. A Mídia Ninja também é parceira.

Já o encerramento das ações deste ano será marcado pelo lançamento do catálogo online, que ocorre no dia 27.

Como manda a essência deste que é um dos festivais de fotografia mais engajados do país e já está na sua quinta edição, o espectador é também um colaborador, melhor dizendo, um compositor. É assim que a idealizadora da mostra, Marcela Bonfim encara todo mundo que pelo menos, correr os olhos pela mostra visual. A propósito, os espectadores são convocados a interagirem com as galerias. Além de explorar ferramentas interativas que permitem que movimentem as imagens e (re)componham as galerias.

Também os compositores das galerias, que realizam as curadorias, convidam e recebem propostas de interação com aquele ambiente. Em algumas delas, além de textos, há também intervenções em áudio. Um olhar mais atento aos créditos revela que além do autor da imagem, é indicado também, quem a compôs na galeria a céu aberto e depois, a fotografou.

Imagem Uiler Costa-Santos | “Muro Escada”: Lanussi Pasquali e Fábio Gatti

“Como a gente trabalha com composição, a ideia é mostrar que neste festival, ninguém faz a foto sozinho. O primeiro vem com a identidade e o segundo, com a composição da parede. O campo da fotografia é da imagem, mas o que a gente revela, são as camadas”, diz.

Marcela explica que além dos fotógrafos que encaminham suas fotos, outros artistas são convidados para pensar e organizar cada uma das galerias, que também convidam outras pessoas para realizar as intervenções. A metodologia enriquece a mostra que é feita de muitos olhares e composições. “Costumo dizer que é uma partitura que estamos escrevendo e o resultado, é uma música”, diz a artista que também se envereda pela arte musical.

Este ano a proposta é a pauta ambiental. Sendo um festival de Rondônia, há ampla participação dos artistas desse estado, mas como uma teia, envolve “compositores” de todo o país. Muitos espectadores só terão acesso a essas imagens nas galerias a céu aberto em Porto Velho e outros tantos, de qualquer canto do mundo, poderá ir mais a fundo nessa relação interativa. Que tal experimentar?

Nas imagens, meio ambiente, sim! Mas também, muitas pessoas, muitos detalhes, muitas culturas. E se você já tem esse repertório, vai fatalmente tomado por um sentimento nostálgico. Se não conhece, poderá adicionar à bagagem. Dá para conhecer também um pouco dos ambientes, momentos raros e eventos folclóricos, dentre outras possibilidades, sob os olhos de outra pessoa. No caso, de todos os compositores, de quem fotografou presencialmente até quem fotografou o lambe-lambe nas ruas de Porto Velho, passando é claro, por quem realizou a curadoria, por quem organizou as fotos nas galerias e por quem fez intervenções. Este é um festival feito a muitas mãos.

Que tal um giro pelas galerias?

Imagem “Janela para o futuro”, de Marcos Madalena (Reprodução Galeria 1)

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Imagem de Thais Rocha, com fotografia de Saulo de Sousa (Reprodução Galeria 2)

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Imagem de Miguel Chikaoka e fotografia de Saulo de Sousa (Reprodução Galeria 3)

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Imagem “Sem TI”, de Rodrigo Pedro Casteleira (Reprodução Galeria 4)

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Imagem Duo (Reprodução Galeria 5)

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Imagem de Michele Saraiva (Reprodução Galeria 6)

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Imagem de Nino Rezende, com fotografia de Saulo de Sousa (Galeria 7)

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Um festival de composições visuais

O “Festival Fotografia em Tempo e Afeto” nasceu do desejo de expandir a sensação de pertencimento visual de Rondônia. Desde 2017 ocupa as ruas da cidade de Porto Velho e de comunidades próximas, com composições visuais provocadas de dentro para fora. A prática da composição tem sido a aposta fundamental do Festival Fotografia em Tempo e Afeto, prezando o sentido do acesso e inclusão, a partir da construção de formas alternativas, processos inclusivos, oficinas pedagógicas, rodas de conversa, e a realização da “Mostra à Céu Aberto da Cultura da visualidade”.

(Divulgação)