No primeiro ano de gestão do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o estado enfrentou um aumento preocupante de 25,95% no número de mortes causadas por policiais militares em serviço, segundo dados do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp), do Ministério Público de São Paulo.

Em comparação com 2022, o número de mortes subiu de 262 para 330 em 2023, representando um acréscimo de 68 óbitos. Essa tendência sombria levanta questões sobre a eficácia das políticas de segurança implementadas durante a gestão de Tarcísio de Freitas.

Uma revelação preocupante surgiu em maio de 2023, quando foi descoberto que o governo congelou a expansão do programa de câmeras corporais. O estado, que conta com cerca de 80 mil policiais militares, possui agora apenas 10.125 câmeras em operação. Esse declínio nos investimentos pode estar diretamente associado ao aumento nas mortes cometidas por PMs em serviço no último ano.

Questionado sobre a decisão de congelar o programa, o governador Tarcísio de Freitas afirmou: “A gente não descontinuou nenhum contrato. Os contratos permanecem. Mas qual a efetividade das câmeras corporais na segurança do cidadão? Nenhuma”. Essa postura do governo levanta debates sobre a transparência e responsabilidade no monitoramento das atividades policiais.

Além disso, os meses de julho, agosto e setembro de 2023 se destacaram pelos maiores números de mortes por PMs em serviço, coincidindo com a realização da Operação Escudo na Baixada Santista. Esta operação, que resultou em 28 mortes durante incursões policiais, está atualmente sob investigação do Ministério Público de São Paulo por supostos abusos por parte dos policiais.