Sergio Moro – Foto: Lula Marques

Integrantes da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), onde a ação que questiona a parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro tramita, pretendem manter a análise da parcialidade do ex-juiz nos processos que envolvem o petista.

Segundo a colunista Mônica Bergamo a sugestão de Edson Fachin de que o julgamento da suspeição de Moro ficaria prejudicado depois que as condenações de Lula foram anuladas não deve ser seguida com facilidade por outros magistrados do STF.

Nesta segunda (8) Fachin decidiu que a 13ª Vara de Curitiba não tinha competência para julgar o ex-presidente nos processos do triplex e da compra do sítio de Atibaia. Nesse sentido, todos os processos, inclusive a parte sobre recebimento da denúncia, foram anulados.

Lula chegou a ser condenado por Moro em 2017 e preso em 2018 no processo do triplex. A defesa do ex-presidente sempre questionou a conduta de Moro, afirmando que ele se conduziu de forma parcial os processos que envolvem Lula.

A conduta de Moro voltou a ser questionada após ele ter assumido um cargo como ministro no governo Bolsonaro e com maior intensidade depois das mensagens da Vaza Jato inicialmente reveladas pelo portal Intercept Brasil e que evidenciaram a colaboração do ex-juiz com a acusação (Deltan Dallagnol).

A colunista sublinhou que deve ser mantido para este semestre as ações contra Moro na 2ª turma do STF. Será uma sinalização importante para a sociedade de que os fins não devem justificar os meios e de que o Supremo preza pelo respeito ao Estado Democrático de Direito e, por fim, da democracia.