Foto: Lula Marques

Sérgio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro, deixou de fora da sua lista de criminosos mais procurados do País o ex-capitão Adriano da Nóbrega, apontado como foragido da polícia e um dos líderes do Escritório do Crime, uma quadrilha da zona oeste carioca. Nóbrega é citado na operação que apura a prática da “rachadinha” no antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

De acordo com o Ministério Público, o ex-PM controlava contas bancárias que foram usadas para abastecer Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador, suposto operador do esquema no gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro. Queiroz é amigo do presidente da República. Nóbrega teve duas parentes nomeadas no gabinete de Flávio Bolsonaro, uma delas a sua ex-esposa, que foi demitida, após as investigações apontarem irregularidades financeiras.

Em resposta, o Ministério da Justiça diz que o ex-capitão não foi incluído porque “as acusações contra ele não possuem caráter interestadual, requisito essencial para figurar no banco de criminosos de caráter nacional”. Porém, há na lista, dois integrantes de uma milícia de outro bairro da zona oeste. Em seus perfis publicados na página da pasta, sua área de atuação indicada é apenas o Rio de Janeiro. Wellington da Silva Braga, o Ecko, e Danilo Dias Lima, o Tandera, seu braço direito. Os dois atuavam em Campo Grande.