Foto: Jacy Santos

O crescimento dos casos do novo coronavírus pelas cidades do Pará é preocupante pela falta de infraestrutura hospitalar para atender os pacientes. No Baixo Tocantins, não é diferente. A região, formada pelos municípios de Baião, Mocajuba, Oeiras do Pará, Limoeiro do Ajuru, Cametá e Igarapé-Miri, possui mais de 400.000 habitantes. É uma região pobre onde mais de 50% dos seus moradores vive com rendimentos mensais de até meio salário mínimo.

Até a última quinta-feira (14), os municípios do Baixo Tocantins registraram, pelo menos, 313 novos casos positivos do novo coronavírus, chegando ao total de 1.934, na região. O número de óbitos por Covid-19 chegou a 123, com 11 novas mortes notificadas pelas secretarias municipais de saúde.

A maioria da população está em zonas rurais, distante das cidades, onde a locomoção já é difícil, imagine-se para grandes regiões metropolitanas, como Belém, para onde o Governo do Estado recomenda o deslocamento para o atendimento.

E já é notório que com o avanço dos casos de contaminação a rede hospitalar da capital já está em colapso, não dando conta de atender os pacientes da Região Metropolitana.

As cidades do Baixo Tocantins não possuem infraestrutura de saúde adequada para o atendimento de urgência e emergência e leitos suficientes para garantir a saúde pública no contexto de pandemia, como Unidades de Tratamento Intensivo.

Neste sentido, moradores da região lançaram campanha para reinvindicar a criação urgente de um Hospital de Campanha com 60 leitos no Baixo Tocantins – indicando-se a cidade de Cametá –, com a estrutura necessária e equipe técnica especializada, de modo que possa funcionar como espaço para atendimento de casos leves e moderados da região, ficando para os hospitais regionais o atendimento de casos graves.

Em nota publicada por moradores da região reforçam “o Baixo Tocantins precisa de ajuda urgente diante do crescimento dos casos da doença na região, considerando a pequena rede hospitalar.”