Ministra da Agricultura é chamada pelos europeus de ‘senhora desmatamento’ e “musa do veneno”
Segundo o Le Monde, “a temida e influente ministra da Agricultura do Brasil é uma dama de ferro dedicada ao agronegócio, cujas políticas acabaram de levar a um novo recorde de desmatamento”.
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Na pasta do Meio Ambiente, um ministro que responde aos interesses dos ruralistas, na pasta da agricultura, a “Senhora Desmatamento”, ou ainda a “Musa do veneno”. Segundo o Le Monde, “a temida e influente ministra da Agricultura do Brasil é uma dama de ferro dedicada ao agronegócio, cujas políticas acabaram de levar a um novo recorde de desmatamento”.
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A reportagem publicada nesta sexta (29) pelo jornal francês Le Monde fala sobre as dificuldades que o governo brasileiro terá em fechar acordo com países da Europa e pode afetar interesses de exportadores brasileiros devido a falta de política ambiental responsável.
O atual governo defende uma política que pode anistiar desmatadores e garimpeiros ilegais, que quer a redução e exploração das reservas indígenas e atua para enfraquecer e desmontar órgãos de fiscalização. Só no mês de abril deste ano o desmatamento na Amazônia cresceu 171% em comparação a 2019, segundo dados do SAD do Imazon.
A reinclusão de Tereza Cristina na narrativa europeia sobre a atitude antiambiental brasileira vai além dos meios de comunicação. Governos nacionais e a Comissão Europeia (o Executivo da União Europeia) deram sinais concretos na direção de tornar mais rígidas as regras de acordos comerciais como o que o Mercosul negociou com a UE e pretendia ver assinado e ratificado neste ano.
A oposição de eurodeputados não se limita ao Partido Verde, de centro-direita, Pascal Canfin, presidente da comissão ambiental do Parlamento Europeu, também desaprova a política brasileira e já declarou que o acordo da UE com o Mercosul não seria ratificado, porque contradiz os planos da Europa de enfrentar a emergência climática.