Foto: Pablo Ruan

O Ministério Público de Americana instaurou um inquérito civil para investigar a denúncia de que Roberto Torezan, 67 anos, professor de matemática da Etec Polivalente, fez comentários homofóbicos em sala de aula, após uma série de protestos realizados pelos alunos da instituição.

O procedimento tem por finalidade também investigar a existência, no âmbito escolar, de políticas anti LGBTfóbicas adequadas e suficientes ao combate e enfrentamento da discriminação.

Relembre o caso

Os estudantes da instituição publicaram um vídeo que continha um áudio de mais de oito minutos onde Torezan teria exposto opiniões pessoais sobre a comunidade LGBTQIAP+, aos quais se refere como “coluna do meio”, além de ter se manifestado contrário ao casamento gay. O vídeo foi publicado em uma página criada pelos alunos para denunciar o caso.

Estudantes da Etec protestam contra LGBTfobia de professor de Americana (SP)

Estudante leva denúncia contra professor homofóbico ao Ministério Público

Durante uma aula, quando perguntado sobre a possibilidade de casais homossexuais terem filhos, o docente respondeu que, se esse tipo de união “se tornasse moda”, no futuro não existiriam crianças para serem adotadas. Ainda no áudio, Torezan compara barriga de aluguel a prostituição e afirma que o curso de graduação em História é o que tem mais alunos da “pá virada”.

“Nós dos movimentos estudantis queremos justiça pelos direitos estudantis e liberdade de todos os estudantes. Nenhuma forma de preconceito e descriminação é liberdade de expressão, além de crime, é uma violação ao direito alheio à vida, à liberdade, à segurança, que são direitos fundamentais”, diz a denúncia feita por estudante do movimento estudantil e enviada à NINJA. “Sala de aula não é lugar de professor impor ódio e preconceito”.