Cidadãos em várias cidades de Israel tomaram as ruas em uma demonstração massiva, exigindo a renúncia do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e pedindo a formação de um novo governo. Participantes dos protestos foram reprimidos com gás e bombas lançados pela polícia sob controle de Netanyahu.

Manifestantes em Tel Aviv, Jerusalém, Haifa, Be’er Sheva, Cesaréia e outras localidades expressaram sua determinação em ver Netanyahu fora do poder, considerando-o um “obstáculo ao acordo” para a libertação dos reféns. “O povo de Israel não esquecerá nem perdoará ninguém que impeça um acordo que os traga de volta para nós. Depois de 176 dias e 4.224 horas, as desculpas acabaram”, declarou Shira Albag, moradora de Tel Aviv, ao jornal britânico The Guardian.

Os manifestantes enfatizaram a importância primordial da vida dos reféns e clamaram por uma solução imediata para o impasse. No entanto, os protestos foram dispersados pela polícia israelense, que utilizou canhões de água para conter as multidões. Pelo menos 16 pessoas foram detidas durante a manifestação.

Além disso, a situação se agravou com o ataque a jornalistas dentro do complexo do Hospital Al-Aqsa em Deir el-Balah, no centro de Gaza, por forças militares israelenses. O governo de Gaza condenou veementemente o ataque, descrevendo-o como “um novo massacre ao bombardear as tendas de jornalistas e pessoas deslocadas” no hospital.

Enquanto isso, a TV egípcia Al-Qahera relatou que as negociações para uma trégua, entrada de ajuda humanitária e libertação de reféns seriam retomadas neste domingo (31). Apesar da resolução da ONU exigindo um cessar-fogo, Israel continua a ofensiva e não avançou nas negociações com o Hamas.

Ministros dos Negócios Estrangeiros de Egito, França e Jordânia emitiram um apelo conjunto por um “cessar-fogo imediato e permanente” em Gaza, bem como pela libertação de todos os prisioneiros mantidos pelo Hamas.

Os bombardeios diários em Gaza têm causado um grande número de vítimas civis e a destruição generalizada da infraestrutura.

*Com informações da Al Jazeera