A pesquisa que alerta sobre os microplásticos aerados foi publicada na revista Nature (Reprodução/Oceana)

Rebecca Lorenzetti, da Cobertura Colaborativa NINJA na COP26

Minúsculas partículas de plásticos encontradas em altíssima concentração nos oceanos são problemas que a humanidade tem para resolver, de uma lista considerável, claro. Se continuarmos no mesmo ritmo de produção, consumo e descarte inadequado de plásticos, em 2030 teremos mais plástico do que peixes nos oceanos.

Pela primeira vez, cientistas da Victoria University of Wellington e da University of Canterbury, na Nova Zelândia, investigaram se os microplásticos transportados pelo ar também poderiam ter um efeito em nosso clima.

“Investigamos como os microplásticos aerotransportados se comportam: eles aquecem ou resfriam a atmosfera da Terra? Acontece que eles fazem as duas coisas. Em geral, os microplásticos aerotransportados são eficientes em espalhar a luz solar, o que implica um efeito de resfriamento no clima”. Mas as partículas também podem absorver a luz solar contribuindo com o efeito estufa e o aquecimento global.

A pesquisa foi publicada na revista Nature, e outros estudos têm apontado que a quantidade de plásticos no planeta saiu do controle e apesar de sua bioacumulação nos seres humanos serem pouco comprovados, os estudos mostram que se a quantidade aumentar a tendência é que as pessoas sofram as consequências físicas do contato com essas partículas na atmosfera. A presença dos microplásticos não apenas afeta a vida aquática como pode ser um grande agravante para as mudanças climáticas.

Confira vídeo produzido pela Oceana, uma organização que atua para proteger a biodiversidade marinha e aumentar a abundância dos oceanos: