Em maio, apenas 26% dos entrevistados consideravam o trabalho do ministro como positivo. Agora, 65% do mercado apoia Haddad

Foto: Diogo Zacarias/MF

Em meio à aprovação da reforma tributária e mudanças no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) pela Câmara dos Deputados, uma pesquisa recente realizada pela Genial/Quaest revelou um aumento significativo na avaliação positiva do trabalho do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pelo mercado financeiro.

Em maio, apenas 26% dos entrevistados consideravam o trabalho do ministro como positivo, enquanto 37% o classificavam como negativo, mesma porcentagem dos que o viam como regular. No entanto, na pesquisa mais recente, realizada em julho, a avaliação positiva saltou para 65%, representando mais que o dobro do valor registrado anteriormente. A avaliação negativa caiu para 11%, e a avaliação regular ficou em 24%.


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Os resultados refletem a confiança crescente do mercado financeiro em relação às políticas econômicas adotadas pelo governo. Além disso, a expectativa de melhora da economia nos próximos 12 meses também apresentou um aumento significativo, passando de 13% em maio para 53% em julho, enquanto a previsão de piora diminuiu de 61% para 21%. Aqueles que acreditam que a economia se manterá estável permaneceram em 26%.

Os dados também revelaram uma mudança significativa na percepção da política econômica do país, com 53% dos entrevistados acreditando que a economia está indo na direção errada, em comparação com os 90% registrados na última sondagem. Por outro lado, 47% consideram que a economia está na direção certa, um aumento expressivo em relação aos 10% anteriores.

A pesquisa, que ouviu 94 fundos de investimento com sede em São Paulo e Rio de Janeiro entre 6 e 10 de julho, coincidiu com a aprovação da reforma tributária e a reintrodução do voto de desempate a favor do governo no Carf. Os resultados revelaram que o mercado financeiro enxerga impactos mais positivos na diminuição da guerra fiscal entre os estados (77%), para o setor industrial (71%) e para a geração de empregos (52%). No entanto, o setor de comércio e serviços expressou preocupação, com 55% dos entrevistados apontando efeitos negativos.