Queli Santos Adorno, uma mulher de 35 anos, deu à luz seu quarto filho, um menino chamado Azafe, no chão da recepção da maternidade, após ter sido recusada para internação

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Queli Santos Adorno, uma mulher de 35 anos, deu à luz seu quarto filho, um menino chamado Azafe, no chão da recepção da maternidade, após ter sido recusada para internação, apesar de ter chegado com antecedência na maternidade Santa Cruz da Serra, na última sexta-feira, dia 22 de março.

Segundo relatos da família, Queli deu entrada na maternidade para ter seu filho e recebeu um atendimento inicial satisfatório por parte de uma primeira médica. Esta solicitou que ela permanecesse no hospital, alertando-a sobre a possibilidade de uma rápida evolução do trabalho de parto. No entanto, durante a madrugada, quando as dores se intensificaram, Queli foi atendida por uma segunda médica que a tratou com desrespeito. De acordo com a família, a médica afirmou que ela não deveria estar ali e que deveria retornar para casa.

Ignorando os conselhos da médica, Queli se recusou a sair da maternidade. Um documento escrito à mão mostrou que a médica ordenou que ela retornasse pela manhã, o que acabou não acontecendo, pois Queli deu à luz na recepção da unidade às 6h.

O momento foi marcado pela falta de preparação e equipamento adequado, já que a médica que estava disponível não possuía luvas nem os recursos necessários para o parto. “Eu falei, eu falei. Doutora negligente, eu falei. Disse tanto e ela não acreditou em mim”, desabafou Queli após o parto, em relatos obtidos pelo G1.

A prefeitura de Duque de Caxias tomou medidas e demitiu a médica responsável pelo atendimento. Enquanto isso, a família enfrenta o abalo emocional causado pela situação. Queli permanece internada devido à pressão alta e a família está buscando assistência legal para cobrar justiça pelo ocorrido.

Após tentarem registrar a ocorrência na delegacia e enfrentarem resistência por parte dos policiais, a família contratou uma advogada para lidar com o caso. “Nem um animal deveria passar por isso que minha irmã passou. Foi muito desumano. Não foi um parto humano, foi um parto desumano”, lamentou Carine Santos Adorno, irmã de Queli.

A Polícia Civil afirmou estar apurando a denúncia sobre a recusa do registro na delegacia.

*Com informações do G1