Por Gabriel Ruiz

Foto: C.A.D

Na noite da última quinta (15) o jovem de 17 anos, Gabriel Sartori, foi morto a tiros por um policial militar à paisana. O garoto estava sentado em frente ao colégio estadual Maria José Aguilera, em Londrina (PR), no bairro Cafezal, onde ele também morava. O PM reside nas imediações, estava de folga e disse que o disparo foi acidental. Testemunhas contaram que Gabriel e o assassino discutiram e, em seguida, o policial atirou, atingindo o adolescente, que morreu no local.

A morte de Gabriel gerou revolta no conjunto Cafezal e no sábado (17), no próprio bairro, um ato foi organizado em memória do jovem e em repúdio à violência da PM paranaense de Beto Richa (PSDB). O Coletivo de Ação Direta (CAD) participou e foi um dos organizadores do protesto que contou com dezenas de pessoas, com a presença de amigos do menino. A mãe do garoto também compareceu. Velas foram acesas, cartazes colados no muro do colégio. “E houve choro também, seja de tristeza, seja de revolta. O clima de injustiça ainda impera no ar”, relatou um dos presentes que não quis se identificar.

O manifestante também comenta que no dia do assassinato de Sartori, a comunidade do bairro se manifestou nas ruas e foi oprimida pela PM. “É vergonhoso o papel desempenhado pelas autoridades policiais que reprimiram a revolta popular no dia em que o menino foi morto; pela mídia, que apresentou os fatos como um evento isolado e como um mero ‘acidente’ e também em relação às forças políticas de Londrina, que, raras exceções, sequer compareceram”.

De qualquer forma, ele explica, “a comunidade se auto organizou e fez bem seu papel ao denunciar o ocorrido. Não esquecemos, não perdoamos!”.

Gabriel Sartori presente!