Por Miranda Perozini

Estima-se que cerca de 25.458.500 de mulheres declararam, no ano de 2023, terem sofrido algum tipo de violência doméstica e familiar, somando 30%. 61% das mulheres não procuraram uma delegacia. Os dados aparecem na 10ª edição da Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, realizada pelo Instituto DataSenado, em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência do Senado Federal, Instituto Avon e Gênero e Número. 

A edição entrevistou mais de 21 mil mulheres em todo o Brasil, um número recorde que permitirá que as análises, pela primeira vez na série histórica, sejam ampliadas para as unidades da Federação. 

Em entrevista, 8.911.264 mulheres informaram ter sofrido a primeira agressão com até 19 anos de idade. Quanto aos agressores, em 13.305.547 dos casos, a vítima foi violentada pelo marido; mais de 3 milhões de mulheres alegaram ter sido vítimas de seu ex-companheiro, ex-marido ou ex-namorado. Em contrapartida, mais de 10 milhões de mulheres contaram à pesquisa que a violência influenciou “muito” o fim da relação e 529.690 mulheres recorreram à medida protetiva de urgência (MPU).

O feminicídio e a violência nos estados brasileiros

Amazonas foi o estado que mais registrou casos de violência doméstica ou familiar provocada por homem, 38%; seguido de Rondônia, com 37% e Rio de Janeiro, com 36%.

Com relação aos feminicídios, 1.127 foram registrados nas delegacias do país até outubro de 2023. Santa Catarina lidera o ranking com 232 ocorrências, seguido pelo Rio de Janeiro (184), e Bahia (178). 

Os diferentes tipos de agressão

Em 2023, 409.580 mulheres foram vítimas dos crimes de ameaça (291.098), lesão corporal (148.923), homicídio (3.365) e feminicídio (1.127). Em 492 casos, a violência aconteceu em casa.

Fonte: Instituto de Pesquisa DataSenado – coleta de 21/08/2023 a 25/09/2023