A ideia é começar a recompor a defasagem do salário mínimo, que não tem aumento real – acima da inflação – há 5 anos

Lula e Alckmin em caminhada em São Bernardo do Campo. Foto: Ricardo Stuckert

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu para sua equipe de transição incluir um aumento real ainda mais elevado do salário mínimo, que pode chegar a R$ 1.310, já em 2023. A ideia é começar a recompor a defasagem do salário mínimo, que não tem aumento real – acima da inflação – há 5 anos.

Lula quer aproveitar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que pode elevar o teto de gastos para honrar o compromisso de manter o Bolsa Família em R$ 600 e conceder um aumento real ainda mais elevado do salário mínimo.

A proposta orçamentária para o ano que vem prevê um reajuste de 7,41%, elevando o salário mínimo dos atuais R$ 1.212 para R$ 1.302.

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O valor deve ser incluído na lista de demandas que será apresentada pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), ao relator do orçamento no Congresso, senador Marcelo Castro (MDB-PI), na próxima terça-feira (8).

A equipe de transição, comandada pelo vice, pela presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, e pelo coordenador da campanha, Aloizio Mercadante, se reúne com Lula na segunda-feira (7) para fechar a proposta, que incluirá ainda a manutenção do valor do Bolsa Família – nome original do Auxílio Brasil -, além de contemplar o Minha Casa, Minha Vida, reajuste do Farmácia Popular e merenda escolar.

Transição de governo

Em portaria publicada nesta sexta-feira (4) no Diário Oficial da União, assinada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), foi nomeado para “exercer o Cargo Especial de Transição Governamental – CETG, nível VII, destinado à Coordenação da equipe de transição do Presidente da República eleito”.

Na prática, o decreto oficializa o chamado governo de transição, que será comandado por Alckmin, até a posse de Lula (PT), que acontece no dia 1º de Janeiro de 2023.

Nesta quinta, Alckmin se reuniu com Ciro Nogueira e no fim da tarde foi recebido por Jair Bolsonaro (PL), que prometeu colaborar com a transição de governo.

“Foi positivo. O presidente convidou, nós estávamos saindo já. Reiterou o que disse o ministro Ciro Nogueira e o general [Luiz] Ramos. Para que se tenha transição tranquila, da disposição do governo de prestar todas as informações, colaborações, pautadas pelo interesse publico”, disse Alckmin sobre o encontro com Bolsonaro.

Com informações da Revista Fórum

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