Foto: Beatriz Ataidio / Mídia NINJA
Mulher preta, nordestina e liderança da Brasilândia, Keit Lima está na disputa pelo PSOL por uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo. Ativista desde os 13 anos nos movimentos negro, de mulheres e na defesa dos mais pobres, Keit está em campanha com pautas na educação, combate à fome, trabalho e renda.
Formada em Administração e em Direito, Keit já trabalhou no jurídico de um mandato na Assembleia Legislativa e se especializou em Gestão Pública.
“A gente tem uma política que não chega aqui”, disse, ao caminhar na sua comunidade, em Brasilândia, reforçando a necessidade de colocar a favela como prioridade nas políticas públicas do Estado. “E se não chega aqui é porque a gente não está lá construindo a partir do nosso corpo, a partir da nossa história e do nosso histórico”.
Para Keit, o principal legado que seu mandato quer deixar é colocar a favela no orçamento. “A gente precisa discutir por que a educação pública é diferente dependendo de que lado da ponte você está. Por que é investido lá e não aqui?”.
Sendo mulher negra e favela, Keit afirma que a violência perspassa seu corpo o tempo todo. “Não é admissível que a gente normalize o absurdo. A gente está em um momento em que estão naturalizando o absurdo. A minha candidatura e a de outras mulheres negras é a de não normalizar o absurdo”.
Campanha de Mulher
Esta entrevista faz parte da Campanha de Mulher, projeto autônomo de visibilidade para candidaturas feministas da ELLA – Rede Internacional de Feminismos.
A Campanha de Mulher é um trabalho informativo voltado ao interesse público, não configurando assim uma propaganda eleitoral. Reafirmamos nosso comprometimento com a defesa da democracia e com as pautas defendidas pelas candidaturas progressistas.
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