Na última terça-feira, 2, a jovem Flávia Santos sofreu um brutal ataque em um supermercado de Araçatuba, São Paulo. “Ele me enforcou. Teve que intervir outras pessoas. Ele poderia ter me matado naquele momento”, afirma Flávia Santos, em vídeo nas redes sociais.

Nós, Mulheres em Araçatuba, repudiamos o RACISMO, MACHISMO E PRECONCEITO praticado dentro da COOPBANC.Apoiamos todas as manifestações de movimentos que se solidarizam com bacharel em direito Flávia dos Santos.À Flávia nosso total apoio. FARTAS de sermos tratadas desta forma.Mulheres Negras são livres para entrar e sair de qualquer lugar sem ser considerada uma ameaça para o estabelecimento. #vidasnegrasimportam#racistasnãopassarão

Posted by Mulheres em Araçatuba on Tuesday, June 2, 2020

 

A jovem, que é produtora cultural, explica que a agressão ocorreu porque é negra e entrou no estabelecimento de sandália. “Ele estava me seguindo sabe, porque, eu estava assim no supermercado, de chinelo. Eu não posso estar em um mercado de burguês do jeito que eu quero, sem me receber como se eu fosse uma bandida”.

Em prantos, no vídeo, ela demonstra mais uma vez como negro no Brasil é suspeito de crime só de estar na rua. O racismo é latente. “E ainda só virei o carrinho, porque chamei o gerente, mas ele disse que era para eu fazer compra em outro mercado”.

Em nota, o supermercado Coopbanc afirmou que decidiu afastar o funcionário envolvido na confusão e que está discutindo todos os procedimentos internos de segurança para que situações como essa não ocorram novamente.

Flávia fez um boletim de ocorrência por injúria racial alegando que foi seguida pelo segurança e enforcada pelo gerente de um supermercado.

O supermercado afastou o funcionário que agrediu Flávia e publicou nota para imprensa se retratando, entretanto não fizeram nenhum contato com a vítima. Movimentos antirracistas da cidade pedem justiça pelo caso e a retratação da empresa com a produtora cultural.