O perfil em que  assassino propagava ódio foi suspenso pelo Twitter nessa segunda-feira (26)

Fotos: Arquivo Pessoa | Reprodução

O adolescente de 14 anos que teria invadido e seria o responsável pela morte de uma aluna cadeirante e de ter tentado atacar estudantes e professores em uma escola na cidade de Barreiras, no oeste da Bahia, anunciou e narrou nas redes sociais, dias antes, com bastante detalhamento o que vinha planejando para o dia da ação, que incluía um massacre aos colegas. A tragédia terminou com o estudante baleado e apreendido pela polícia.

O perfil em que ele propagava ódio foi suspenso pelo Twitter nesta segunda-feira (26). Com isso, o conteúdo foi apagado.

Segundo uma reportagem de Maurício Businari para o UOL, na conta que usava, o garoto mostrava o rosto, criticava professores, fazia comentários xenófobos, assumia ter ódio para liberar e ainda demonstrou tristeza pela reação esperada de sua família, uma vez que acreditava estar fadado a ser morto na ação. “Se eu matar pelo menos dois, já vou estar feliz”, escreveu.

“Eu mal consigo imaginar o dia, só de pensar no som dos meus passos ecoando no corredor, o som da arma engatilhando, a adrenalina correndo pelas veias e os pensamentos que virão na hora, percebo o quão bom seria saber que não sou o único a carregar esse ato no nome”, escreveu nove dias antes da invasão.

No dia 22, ele avisou: “O dia do massacre está chegando. Nos últimos três anos da minha vida, não teve um em que não pensei em quando isso iria chegar, e aqui estamos. Isso não pode dar errado, não posso falhar, não importa o que aconteça”.

Segundo o portal G1 o autor do crime atirou diversas vezes contra a cadeirante, e quando a munição terminou ele usou o facão para esfaqueá-la.

A Polícia Civil, que investiga publicações com discurso de ódio atribuídas ao atirador.

O pai do jovem, que é policial militar, prestou depoimento e disse que o revólver dele ficava escondido em casa e não acreditava que o filho soubesse onde ela estava.

A Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC), também se manifestou por meio do Núcleo Territorial da Bacia do Rio Grande (NTE 11). O órgão informou que uma equipe de psicólogos de SEC foram colocados à disposição para prestar atendimento e apoio à comunidade escolar e aos familiares da vítima.