O nível médio do mar subiu em média 3,2 mm/ano desde 1993 e a ilha de Kiribati já sente as consequências

Foto: Luis Armando Oyarzun

Um paraíso com os dias contados. Assim se encontra Kiribati, localizado entre o Havaí e a Austrália, o país é composto por 33 atóis (ilhas oceânicas em forma de anel), cuja vida de seus mais de 100.000 habitantes gira em torno da água, de onde tiram seu sustento e modo de vida, com sua pesca e casas de palafitas.

O território do país não passa de dois metros acima do mar, no Oceano Pacífico e, além do aumento do nível do mar invadir as reservas de água doce do país, dificultando o acesso da população à água potável, as águas estão invadindo também as plantações impossibilitando a agricultura, que servia tanto para o sustento quanto para consumo.

Responsáveis por apenas 0,56% das emissões de gases de efeito estufa per capita, os kiribatianos já chegaram a pedir publicamente para incrementar políticas e iniciativas que reduzam as emissões poluentes. Ao mesmo tempo, o Banco Mundial elaborou relatórios pedindo que Austrália e Nova Zelândia acolham os deslocados climáticos de Kiribati e de outras ilhas do Pacífico ameaçadas pelas águas.

Infelizmente Kiribati, com um dos menores PIB’s do planeta (cerca de 207 milhões de dólares segundo o Banco Mundial) é um grande exemplo do racismo ambiental e de como as mudanças climáticas atingem a população mundial de maneiras diferentes, deixando os mais pobres em situação de mais vulnerabilidade.