Dos testes realizados em crianças de 0 a 4 anos que tiveram resultado positivo, 88% apontaram o VSR (Influenza B)

Foto: Marcos Moura/Secom Fortaleza

Crianças são o principal grupo social atingido pela alta de circulação do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e do  vírus da Influenza B. É o que revela o Instituto Todos pela Saúde, divulgado nesta semana. Dados apontam que na região Sudeste, além da circulação dos dois vírus, a Covid-19 também registrou alta em relação ao mesmo período do ano passado.

A positividade para a Influenza B (FluB) e o VSR continua em patamares elevados em relação ao ano passado. A FluB, que ficou 2022 abaixo de 1%, chegou a 8% e 6% nas duas primeiras semanas de março. O VSR está com positividade média de 15% desde dezembro de 2022, como destacou o Curto News.

As análises tem como base dados de mais de 1,5 milhão de testes realizados pelos laboratórios Dasa, DB Molecular, HLAGyn e Sabin desde dezembro de 2021. Dos testes realizados em crianças de 0 a 4 anos que tiveram resultado positivo, 88% apontaram o VSR, e dos realizados no grupo de 4 a 9 anos, 84,6% indicaram FluB.

O quadro da Covid-19 no Brasil

O Rio de Janeiro, onde a taxa oscilou de 27% para 29%, tem o maior índice na região Sudeste. Em relação aos estados com dados suficientes para análise, Minas Gerais é o que registra a maior alta de positividade para covid-19: de 14% para 23%.

Em todo o país, a positividade de testes para covid-19 oscilou um ponto percentual para baixo e está em 25%, sinal da cobertura vacinal, mas que começa a cair a partir de pessoas que registram apenas duas doses de vacina.

Por outro lado, houve queda no Distrito Federal, de 14% para 6%, e em São Paulo, de 33% para 28%, apesar de neste último a positividade continuar elevada. O Amazonas, por exemplo, foi o estado que teve um dos menores índices de alta, com 1,5%, de acordo com a Fundação de Vigilância Em Saúde (FVS).

Quando a análise da positividade é feita observando as idades, há uma diferença significativa que avança conforme a faixa etária: os percentuais mais baixos estão nos mais novos (5%, de 0 a 4 anos e de 5 a 9 anos) e os mais altos, a partir dos 50 anos (36% de 50 a 59 anos, 39% de 60 a 69 anos, 34% de 70 a 79 anos e 30% a partir de 80 anos).

Vacinas ativas

As autoridades de saúde recomendam que todas as pessoas, independentemente da idade, sigam as recomendações em relação à vacinação e o cronograma vacinal do Ministério da Saúde. De acordo com o ministério, Unidades Básicas de Saúde (UBS) estão aptas para oferecer doses de todos os tipos de vacinas para evitar crescimento da circulação dos vírus respiratórios. Crianças fazem parte do grupo prioritário.