Foto: Divulgação/Ministério da Defesa da Bolívia

As chamas que atingem a floresta amazônica no Brasil e chegaram a região na Bolívia já destruíram 950 mil hectares no país vizinho, destruindo 32% da floresta de Chiquitano, afetando 1.871 famílias em 11 municípios e 35 comunidades indígenas. Apesar do combate, a área afetada tem aumentado, e o país conta com o apoio de um avião Boeing Supertanker 747-400 alugado, e o presidente do país, Evo Morales, solicitou reunião de urgência aos países que formam a Organização do Tratado de Cooperação Amazónica para discutir o futuro da floresta, não sendo atendido.

O presidente também informou neste domingo, 25, que suspenderá a campanha eleitoral, que acontece no país devido às eleições presidenciais, por pelo menos uma semana, enquanto o país passa por esse grave momento. Ele também se abriu para receber ajuda internacional, e já esteve em contato com Mario Abdo, presidente do Paraguai, Sebastian Piñera, presidente chileno e Pedro Sánchez, presidente do governo da Espanha, segundo informações do Ministro de Relações Exteriores da Bolívia Diego Pary, que acrescentou que Mauricio Macri, chefe de Estado argentino também entrou em contato com Evo Morales, e adicionou que França, Estados Unidos, Alemanha e Rússia também ofereceram ajuda.

O presidente boliviano anunciou hoje que também fará uma “pausa ecológica” nas áreas afetadas pelos incêndios na região de Chiquitania, durante pronunciamento no centro de operações que coordena o combate aos incêndios na cidade de Roboré, no departamento de Santa Cruz, no sudeste do país.

“Decidi fazer uma pausa ecológica na região da Chiquitania, em lugares afetados. O que significa isso? Proibida a venda de terras”

Em relato a Agência France Presse, um guarda florestal de Roboré, informou que dos 10 focos de incêndio contabilizados na região, somente 2 se mantinham ativos no sábado, 24, mas sob controle.