Protótipo ViriMask, de Israel. Foto: HemaClear

A crise sanitária que assola o mundo inteiro virou oportunidade para quem atua com tecnologia 3D. Os empreendimentos que atuam no setor replanejaram seu foco nos últimos dias para o setor hospitalar e os primeiros projetos já têm mostrado resultados. O mercado e a manufatura aditiva crescem em vários países e a balbúrdia brasileira não ficou de fora.

Na Itália, materiais com impressão 3D já salvaram vidas. Em Brescia, uma das áreas mais afetadas no norte do país, um hospital ficou sem peças suficientes para a demanda. Empresas como a Isinnova e Lonati SpA redesenharam uma válvula para bombas de oxigênio que já começaram a ser utilizadas em equipamentos. As peças, que já não havia no estoque, não poderiam ser encomendada a curto prazo senão pela produção de novas via impressoras 3D.

O mercado impulsionou e outros materiais com impressão 3D já começam a ser planejados, movimentando uma economia ou o que a imprensa e economistas qualificaram como a quarta revolução industrial. São materiais como máscaras, viseiras, ventiladores pulmonares, maçanetas para braço, etc.

No Brasil, as universidades federais são a ponta de lança para a pesquisa e fabricação. Na UFRJ, protótipos de protetores faciais, ou as chamadas “face shield”, foram desenvolvidos em parceria com o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Outras universidades que se inserem no setor são UFF, PUC-Rio, Unirio, UFPR e UFOB.

Essas são situações de emergência que permitem que órgão de vigilância sanitária adiantem decretos para liberar a fabricação de materiais em impressão 3D. Em outros tempos, isso ainda não seria possível.