O Hospital Veredas, antigo Hospital do Açúcar, em Maceió, tem recebido significativos investimentos públicos desde 2016, após a saída de Dilma Rousseff (PT) da presidência. Com mais de R$ 1 bilhão em financiamento, o Veredas recebeu mais verbas do que a Santa Casa de Maceió, embora atenda a menos pacientes.

Sob o controle político do PP, partido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o Veredas tem sido destinatário de repasses financeiros do governo federal, estadual e municipal. Essa situação despertou preocupações sobre a falta de transparência e levou o presidente do Conselho Estadual de Saúde de Alagoas a propor uma análise detalhada dos repasses e, se necessário, uma auditoria nas contas do hospital.

Apesar de possuir menos atendimentos ambulatoriais e internações em comparação com a Santa Casa, o Veredas recebeu uma quantia considerável de recursos. Especialistas destacam a influência política exercida pelo PP, que ocupou posições estratégicas no Ministério da Saúde durante os últimos sete anos.

Além disso, foram levantadas questões sobre os laços familiares e políticos no controle financeiro do hospital. Parentes de Arthur Lira ocuparam cargos-chave na administração e no conselho deliberativo do Veredas. Esses vínculos são destacados em meio às investigações sobre o orçamento secreto de Brasília.

Apesar dos altos investimentos públicos, o Hospital Veredas enfrenta dificuldades financeiras, resultando em atrasos nos salários dos funcionários e não pagamento do 13º. A situação do hospital levanta preocupações sobre a gestão dos recursos e a necessidade de transparência na distribuição dos investimentos públicos na saúde.

As informações foram baseadas em uma investigação conjunta da Agência Pública e da revista Piauí. Os jornalistas analisaram os registros públicos e entrevistaram fontes envolvidas no caso. Clique aqui e veja a reportagem completa.