A mobilização é um protesto contra os planos do governo estadual de privatizar a Sabesp, a Fundação Casa, além de algumas linhas do Metrô e da CPTM. Na tarde desta segunda-feira (27), metroviários, ferroviários, professores da rede estadual, trabalhadores da Sabesp e parte do funcionalismo público paulista decidiram em assembleia em frente à Câmara dos Vereadores que dariam início a greve unificada de 24 horas, a partir da meia-noite desta terça-feira (28).

Os professores também reivindicam a revogação do projeto de corte de aproximadamente R$ 10 bilhões na verba orçamentária anual destinada à educação no estado.

O Sindicato dos Metroviários propôs a liberação das catracas como medida para evitar transtornos, mas a proposta foi negada pelo governador Tarcísio de Freitas, alegando questões de segurança. Apesar disso, os metroviários expressaram disposição em retornar ao trabalho caso a proposta seja aceita durante a paralisação.

O governo estadual classificou a greve como “chantagem” e reiterou a legitimidade dos processos de privatização. Os movimentos que aderiram a greve, como o sindicato de trabalhadores da Sabesp e da educação pública, afirmam que o governo estadual não avança nas negociações. Um dos principais pontos de crítica dos movimentos sociais é que o processo de privatização atinge o orçamento público, inclusive de verbas destinadas para a educação.

A Secretaria Estadual de Educação, que acumula controvérsias desde que Tarcísio assumiu o comando do governo, afirmou que a proposta de desvinculação de até 5% do orçamento estadual destinado à educação é uma medida “inovadora e eficiente” para otimizar investimentos públicos.