Em 2020, a área minerada na Amazônia chegou a 101,1 mil hectares, segundo o MapBiomas  (Bruno Kelly/Amazônia Real)

 

O Governo Federal lançou nessa segunda-feira, 14, o programa Pró-Mape, para estimular a “mineração artesanal em pequena escala” na Amazônia. O garimpo é a forma de mineração principal na Amazônia, e se difere da mineração por não usar máquinas, porém degrada áreas maiores dos biomas onde ocorre. As atividades que o governo de Bolsonaro quer estimular podem ocupar até 50 hectares, ou seja, 500 mil metros quadrados.

A cena vista há poucos meses, de cerca de 600 barcas no Rio Madeira em busca de minério deve ter movimentado o lobby do setor, que correu para que a atividade do garimpo fosse protegida, mesmo com inúmeras provas dos danos que causa à floresta, aos rios e a saúde dos povos indígenas. Entre 2010 e 2020, a área ocupada por garimpos em terras indígenas cresceu 495%, e 301% em unidades de conservação. De acordo com o MapBiomas, em 2020, a área minerada na Amazônia chegou a 101,1 mil hectares.

O novo projeto de destruição de Bolsonaro ficará sob responsabilidade das seguintes pastas: Ministério de Minas e Energia, Casa Civil da Presidência da República, Ministério da Cidadania, Ministério da Justiça e da Segurança Pública, Ministério do Meio Ambiente e Ministério da Saúde.