Gleisi Hoffmann, presidente do PT, avaliou que a decisão judicial é um abuso de autoridade

Deputado Glauber Braga, do PSOL-RJ.Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) foi alvo de uma multa no valor de R$ 1 milhão pela Justiça após convocar um evento em Lumiar, região de Nova Friburgo (RJ), em solidariedade à deputada estadual Marina do MST (PT), vítima de agressão por grupos bolsonaristas. O Tribunal Regional do Rio (TJRJ) havia proibido o evento através de uma liminar, alegando que a localidade não comportava o porte do ato.

Glauber Braga criticou a decisão do juiz Sergio Roberto Emilio Louzada, classificando-a como “absurda”, e defendeu nas redes sociais que a manifestação seria pacífica, questionando a justificativa apresentada pela Justiça.

O parlamentar declarou que “a deputada estadual Marina do MST estava cumprindo com o seu dever de prestar contas” e que “uma agressão contra ela é uma agressão direcionada a inúmeras outras pessoas, incluindo a mim mesmo”. No dia seguinte ao evento, Glauber Braga relatou ter sido surpreendido pela sua conta bancária zerada e criticou a multa como um sério abuso de poder por parte do judiciário.

A conta de ressarcimento, onde o deputado recebe o salário e paga despesas do mandato, também foi bloqueada. Na prática, o juiz impossibilita o próprio exércicio do mandato parlamentar, aponta Glauber.

Gleisi Hoffmann, presidente do PT, avaliou que a decisão judicial é um abuso de autoridade. “Absurda a decisão do juiz Sergio Louzada de aplicar multa impagável e retirar cada real da conta do companheiro Glauber Braga. Agora só faltava essa, se criticar o Judiciário, olha no que pode dar. Isso é abuso de poder. Força, Glauber!”, escreveu a deputada.