(Sebastian Schlüter/Wikimedia Commons)

 

Por Graziella Albuquerque, para a Cobertura Colaborativa NINJA na COP26 

Os GEE são substâncias gasosas naturalmente presentes na atmosfera que absorvem parte da radiação infravermelha e dificultam seu escape para o espaço, impedindo que ocorra uma perda demasiada de calor. Assim, mantêm a Terra aquecida. Esse processo é conhecido como efeito estufa. Os principais gases de efeito estufa presentes na atmosfera são o gases carbônico (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), ozônio (O3), clorofluorcarbonetos (CFCs) e o vapor d’água.

O efeito estufa é um fenômeno natural que permite a existência de vida na Terra. Sem ele, o calor escaparia, causando um resfriamento que tornaria o planeta inabitável. Mas o problema é que esse efeito tem se intensificado bastante devido às ações humanas.

Nesta segunda-feira (25), a Organização Meteorológica Mundial (OMM) enviou uma mensagem científica para os negociadores que vão representar cerca de 200 países na Conferência da ONU para o Clima (COP 26), que terá início no próximo domingo (31).

Na mensagem a OMM alertou que a concentração de gases que agravam o efeito estufa bateu recorde em 2020. Mesmo com a interrupção mundial das atividades por causa da pandemia a presença do gás carbônico, do metano e do óxido nitroso na atmosfera cresceu no ano passado. Esta intensificação se deve, principalmente, à queima de combustíveis fósseis pelas indústrias e pelos automóveis, à queima de florestas e à agropecuária.

As consequências são diversas e preocupantes, podendo levar à submersão de cidades litorâneas, migração forçada de pessoas, derretimento das calotas polares, temperaturas extremas, aumento de desastres naturais como furacões, tufões e ciclones, secas mais frequentes, desertificação de áreas naturais, problemas na produção de alimentos e perda da biodiversidade, que pode levar várias espécies à extinção.

Entre as ações para combater os efeitos causados pela crise climática, prioritariamente, estão o combate às queimadas e ao desmatamento. Também deve ser intensificado o reflorestamento, pois as florestas cumprem um papel essencial na absorção de CO2.

Outras soluções são a redução gradual ou eliminação de incentivos fiscais e de subsídios para os setores emissores de grandes quantidades de GEE, interromper a queima de combustíveis fósseis, promover uma reforma no setor energético para o uso de fontes de energia limpa como a solar e a eólica, e estimular formas sustentáveis de agricultura, como por exemplo a agrofloresta.

Dentre todas as ações necessárias, o mais importante é a participação popular nas políticas públicas, é necessário que todos se engajem na luta para frear a crise climática.

Principalmente, cobrando dos governantes, condutas alinhadas com o desenvolvimento sustentável. Não devemos deixar que o sistema continue funcionando de forma degradadora, onde a privatização dos lucros permanece na mão de poucos e a socialização dos prejuízos na vida de muitos, sobretudo os mais vulneráveis.

Essa batalha é global, todos iremos sofrer as consequências caso nenhuma atitude seja tomada.

 

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