Escassez de água: Menina acompanha a mãe a fonte perto da cidade de Jowhar, Somália (Tobin Jones/Amisom)

 

Por Alex Azevedo, da Cobertura NINJA na COP26

Pelo menos 1 bilhão de crianças e adolescentes vivem em um dos 33 países com risco climático extremamente alto, de acordo com a UNICEF. Esses jovens já convivem com pelo menos um perigo ambiental, como ondas de calor, ciclones, poluição do ar, enchentes e escassez de água, e 85% estão expostos a mais de perigo.

Até 2050, 4,2 bilhões de crianças devem nascer, e se nada for feito, enfrentarão riscos muito maiores de sobrevivência e de bem-estar. É por isso que Henrietta Fore, a diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF, alerta os líderes mundiais que a “COP26 deve ser a COP das crianças”.

Fore declarou também que a Conferência “tem uma oportunidade importante e urgente de reconduzir o terrível caminho em que nos encontramos”, e para isso, crê que uma redução rápida e significativa das emissões de gases de efeito estufa podem ser um caminho para salvar o futuro das crianças.

A Unicef também fomenta que melhorar a resiliência de serviços essenciais é o melhor investimento para reduzir riscos. Se elevarmos o acesso a serviços de água, saneamento e higiene, já reduziríamos o risco para 415 milhões de crianças. Mas para essa e outras medidas sejam efetivadas, a agência ressalta que ação na COP26 é algo imperativo e por isso faz um apelo aos países desenvolvidos, para que cumpram com a promessa e repassem US$ 100 bilhões por ano para o financiamento climático.

Por fim, a UNICEF reforça que as vozes das crianças e dos jovens precisam ser ouvidas e levadas em conta nas negociações formais da COP26.

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