O Fundo Amazônia, considerado a maior iniciativa global de redução de emissões provenientes de desmatamento e degradação florestal (REDD+), celebrou um marco histórico ao atingir a marca de R$ 1,3 bilhão em aprovações para projetos e chamadas públicas ao longo de 2023. Este montante, recorde em valores nominais nos 15 anos de existência do Fundo, inclui doações e contratos totalizando R$ 726 milhões.

Novos doadores fortaleceram o Fundo Amazônia, com Alemanha, Noruega, Estados Unidos, Suíça e Reino Unido se destacando como os principais contribuintes. O Fundo encerrou o ano de 2023 com R$ 3,5 bilhões em doações, considerando valores acumulados desde sua criação e recursos contratados. Alemanha, Noruega e Estados Unidos representam juntos 98,7% desse montante.

Após quatro anos sem novas aprovações ou doações, o Fundo Amazônia ressurgiu em 2023 com uma reformulação abrangente, que incluiu atualizações normativas e reorganização de equipes. Durante o balanço das ações realizado no auditório do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) em Brasília, a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, e o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, destacaram os resultados alcançados e discutiram os próximos passos.

Os recursos aprovados visam impactar positivamente a gestão territorial e ambiental, apoiar povos indígenas, comunidades tradicionais e agricultores familiares para a geração de renda a partir da floresta em pé, além de fortalecer a atuação das forças de segurança nos nove estados da Amazônia Legal.

Do montante total de R$ 1,3 bilhão aprovado, R$ 786 milhões correspondem a duas chamadas públicas e R$ 553 milhões a nove projetos, sendo cinco deles já contratados. O foco dessas iniciativas é a conservação e o desenvolvimento sustentável na região, com ações que impactam diretamente a vida de milhares de pessoas.

O Fundo Amazônia também adotou novos padrões para o apoio a estados e municípios, buscando aumentar a escala de impacto. Programas como “União com Municípios”, “Corpo de Bombeiros Militares” e “Fiscalização e Combate a Crimes Ambientais” condicionam o repasse de recursos à redução da taxa de desmatamento e das queimadas.