Desde 2018, as forças organizadas da Psicologia avaliavam um cenário de grandes ameaças ao exercício da profissão no Brasil, comprometendo a defesa histórica de uma atuação densamente embasada no respeito aos princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos e na superação da profunda desigualdade social que marca a nossa sociedade, com todos os problemas daí decorrentes.

Em 2022, num contexto ainda desafiador para a sociedade em que o luto, as perdas, a fome se apresentou e se apresenta como um cenário real da vivência social, econômica e política no Brasil, entendemos que a união da Psicologia , das entidades e movimentos sociais organizados, ainda se faz necessária enquanto imperativo histórico, para defesa da Democracia.

Em Minas Gerais, Suellen Ananda Fraga, mulher negra, psicóloga, implicada pela vivência e trabalho com as relações étinico-raciais, LGBTIA+ e juventudes, encabeça a Frente Mineira da Psicologia Pela Democracia junto a 29 psicólogas(os) que compõem a chapa, além de movimentos e entidades dentro e fora da psicologia que trabalham para articular dispositivos junto à sociedade e a categoria de psicólogas(os), que possam combater o que tem colocado em risco a nossa democracia.

Segundo Suellen Fraga, a Frente Mineira da Psicologia pela Democracia parte do ponto de vista, de que quanto menos instrumentos democráticos tivermos, teremos como consequência mais fome, mais preconceitos, mais sofrimento mental e mais desamparo dentre a nossa população. A Frente acredita que a psicologia precisa de acolher e escutar aquelas pessoas que mais têm sido massacradas em suas subjetividades.

Dessa forma a Frente convida a sociedade e a categoria de psicólogas para se unir, somado a um grande e potente coletivo que lute pelos direitos básicos da população, que possa resgatar e potencializar a sua dignidade. Em Minas Gerais há a Frente Mineira da Psicologia pela Democracia e em âmbito de articulação nacional, a Frente em Defesa da Psicologia.

Conheça aqui a carta da Frente