Identificado como um militante de esquerda, Molares desempenhava um papel ativo na revista comunista Centenario

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O renomado fotojornalista e ativista argentino Facundo Molares, de 47 anos, conhecido pelo apelido de “o argentino das Farc”, por documentar a rotina da guerrilha, faleceu na quinta-feira (10) devido a uma parada cardíaca. Sua morte ocorreu após ter sido detido pela polícia enquanto participava de uma manifestação nas proximidades do Obelisco, no coração de Buenos Aires. Organizações de direitos humanos denunciam que a repressão policial foi a causa da morte.

Identificado como um militante de esquerda, Molares desempenhava um papel ativo na revista comunista Centenario.

De acordo com o Sistema de Atendimento Médico de Urgência (Same), a causa do falecimento foi atribuída a fatores de risco preexistentes. No entanto, várias organizações ligadas à esquerda e ao jornalismo contestam essa versão, alegando que a morte de Molares pode estar relacionada aos maus-tratos que teria sofrido enquanto estava sob custódia policial durante o ato de manifestação.

A notícia desencadeou uma onda de protestos devido à associação do caso com a violência policial empregada para conter manifestações durante o período de campanha eleitoral na Argentina. A Federação Argentina de Trabalhadores da Imprensa (Fatpren) divulgou um comunicado repudiando a repressão por parte da polícia liderada por Horacio Larreta, prefeito de Buenos Aires, e denunciando o assassinato de Facundo Molares.

Imagens em vídeo destacam o momento em que Molares é subjugado de forma brutal por um policial da cidade, sufocado no chão. No vídeo, também é possível observar o momento em que Molares perde a consciência, sendo posteriormente socorrido pela equipe médica. Enquanto isso, outros ativistas são vistos sendo detidos pelas forças policiais, ao fundo.

*Com informações Media Talks e Centenario