De 5 a 15 de outubro, a cidade do Rio de Janeiro recebe a 25ª edição do Festival do Rio, um dos eventos cinematográficos mais aguardados do ano. A programação conta com filmes nacionais e internacionais, inéditos e já aclamados pela crítica e premiados mundo afora.

As sessões acontecem em diversos locais da cidade, como o Cine Odeon e a Caixa Cultural, ambos no Centro, o Estação NET Rio, em Botafogo, o Estação NET Gávea, na Gávea, o Reserva Cultural Niterói, em Niterói, a praia de Copacabana, entre outros.

A Première Brasil, principal mostra do evento, apresenta filmes em seções competitivas e não competitivas, dividas em curtas, longas, documentários, exibições especiais, e mais. Na competição de longas, por exemplo, estão produções como “Estranho Caminho”, “As Polacas”, “Lavente”, “Sem Coração”, “Pedágio” e “A Festa de Léo”. Na de curtas estão “Deixa”, “Mergulho”, “Vão das Almas”, “Pássaro Memória”, “Thuë Pihi Kuuwi – Uma Mulher Pensando”, entre outros.

Na noite de abertura do Festival do Rio 2023, nesta quinta-feira (5), será exibido o filme “Atiraram no Pianista” (“They Shot The Piano Player”, da Sony Pictures), de Fernando Trueba e Javier Mariscal, indicados ao Oscar por “Chico e Rita”. É primeira vez, em 25 anos de evento, que uma animação é exibida na gala de abertura. A exibição será no Cine Odeon.

Ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1993 por “Belle Époque” e um amante do Brasil, Fernando Trueba aprofunda sua visão amorosa da música brasileira, mas também de uma parte da história do país. Dividindo a direção está Mariscal, designer, ilustrador e desenhista reconhecido, e criador do mascote Cobe, dos Jogos Olímpicos de Barcelona.

A animação “Atiraram no Pianista” revisita a investigação de um jornalista sobre a morte do pianista brasileiro Francisco Tenório Júnior (1941-1976), músico da banda de Vinicius de Moraes e Toquinho, que desapareceu durante uma temporada de shows em Buenos Aires. A trama se passa na cidade fictícia de Melodía, um lugar onde a música é a alma da vida cotidiana. O protagonista, um talentoso pianista chamado Carlos, enfrenta um dilema quando sua música é roubada por uma figura enigmática conhecida como ‘El Silencioso’. Determinado a recuperar sua arte, ele empreende uma jornada épica que o levará a descobrir a verdadeira essência da música e a enfrentar seus medos mais profundos.

Um dos destaques no festival, é a seleção de filmes com temática LGBTQIAPN+ que disputam o Prêmio Félix. Nessa seleção, estão produções como “Assexybilidade”, de Daniel Gonçalves, “Pedágio”, de Carolina Markowicz, “Ana”, de Marcus Faustini, “Tudo Que Você Podia Ser”, de Ricardo Alves Jr, e “Toda Noite Estarei Lá”, de Tati Franklin e Suellen Vasconcelos, este que acaba de ser premiado no 30º Festival de Cinema de Vitória.

“Toda Noite Estarei Lá”, de Tati Franklin e Suellen Vasconcelos, estrelado por Mel Rosário. Foto: Divulgação

Outro destaque desta edição é a presença de cinebiografias e documentários musicais. O Festival do Rio 2023 vai exibir o longa “Meu Nome é Gal”, de Dandara Ferreira e Lô Politi, que traz Sophie Charlotte no papel de uma jovem Gal Costa em início de carreira, acompanhando os primeiros passos de uma das maiores intérpretes da música popular brasileira.

Também na Première Brasil: Hors Concours está “O Meu Sangue Ferve por Você”, de Paulo Machline, cinebiografia de Sidney Magal que aborda o avassalador romance do cantor com Magali West, que ele conheceu em uma troca de olhares num programa de TV.

A música também é foco de alguns dos documentários da Première Brasil. É o caso de “Black Rio! Black Power!”, de Emílio Domingos (Première Brasil: Competição Longa-Metragem Documentário), que aborda o impacto que a música negra teve para mobilizar a luta por justiça racial nos bailes dedicados ao funk, soul e disco no Rio de Janeiro das décadas de 1970 e 1980.

Já “Nada Será como Antes”, de Ana Rieper (Première Brasil: Competição Novos Rumos Longa-Metragem), aborda a história do antológico álbum Clube da Esquina, que completou 50 anos de lançamento em 2022 e é fruto da colaboração de músicos como Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes e Toninho Horta.

Sessões de encerramento

O longa-metragem “Sequestro do Voo 375”, dirigido por Marcus Baldini é o filme de encerramento da Première Brasil da 25ª edição do Festival do Rio. O longa-metragem conta a história real do sequestro de uma aeronave que decolou no dia 29 de setembro de 1988, que saía Belo Horizonte com destino ao Rio de Janeiro. Nela, Raimundo Nonato Alves da Conceição, frustrado com a falta de empregos e insatisfeito com a situação política do Brasil, resolve protestar de medida dramática.

O Festival do Rio apresenta, em sua sessão de encerramento internacional, “Priscilla”, da diretora Sofia Coppola. Estrelado por Jacob Elordi e Cailee Spaeny, o filme é baseado na autobiografia “Elvis e Eu”, escrita por Priscilla Beaulieu, de 1985. O filme conta a turbulenta história de amor que começa quando Priscilla Beaulieu, uma adolescente de 14 anos, conhece Elvis, já um superstar do rock, em uma festa.

Confira a programação completa do 25º Festival do Rio no site oficial do evento.