Foto: Mídia NINJA
Advogada trabalhista formada pela PUC-SP e deputada estadual por São Paulo, Isa Penna foi eleita, em 2018, com 53.838 votos. Com um mandato pautado sobretudo pela segurança pública e direitos humanos, e em especial das mulheres e da juventude, Isa fez frente em uma bancada 100% feminista na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Hoje, pelo PCdoB, ela busca uma vaga no Congresso Nacional.
Isa foi membro titular na Comissão de Mulheres da Alesp entre março de 2019 a março de 2022, defendendo o combate à cultura do estupro e a violência contra as mulheres, enfrentando ela própria o assédio na casa legislativa. Ainda na Alesp, aprovou a Lei nº 17.416, que cria o Dossiê Mulher Paulista. A iniciativa obriga o governo do estado a sistematizar e publicar dados sobre a violência contra as mulheres, ajudando na criação e implementação de políticas públicas voltadas às mulheres. A Lei foi inspirada em um projeto da autoria de Marielle Franco.
Desde cedo, Isa Penna construiu uma trajetória de conquistas políticas. Enquanto universitária, participou da gestão do histórico Centro Acadêmico 22 de agosto entre 2010 a 2013 com o grupo “Construção Coletiva”. Criou, junto a outras mulheres, o coletivo feminista Yabá e mais tarde ajudou a fundar o movimento RUA – Juventude Anticapitalista.
Em entrevista, Isa cita um debate intergeracional na disputa política da esquerda na atualidade. “A divisão que se cria é de uma geração que já controla tudo, desde a redemocratização do Brasil, desconectada dessa que coloca todos os debates transversais: classe, raça, gênero e todas as opressões de forma interseccional”, afirma. “Há muito medo deles perderem espaço para nós. Não precisa desse medo, ninguém está aqui para desrespeitar opu desconsiderar o que foi feito, mas a gente vai lutar pra sentar na mesa de decisão, para ter participação de mulheres e pessoas negras”.
Campanha de Mulher
Esta entrevista faz parte da Campanha de Mulher, projeto autônomo de visibilidade para candidaturas feministas da ELLA – Rede Internacional de Feminismos.
A Campanha de Mulher é um trabalho informativo voltado ao interesse público, não configurando assim uma propaganda eleitoral. Reafirmamos nosso comprometimento com a defesa da democracia e com as pautas defendidas pelas candidaturas progressistas.
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