Foto: KT Lindsay

Por Anita Krepp

Muita gente com depressão, ansiedade ou transtorno de estresse pós-traumático tem se beneficiado de tratamentos com psicodélicos, um movimento que vem ganhando força com o chamado “Renascimento Psicodélico” na medicina.

Um estudo recente publicado pela Nature descobriu que a psilocibina, a substância ativa dos “cogumelos mágicos”, é tão eficaz quanto antidepressivos clássicos. Mas embora os resultados de alguns ensaios clínicos tenham sido promissores, nem todas as pessoas respondem aos tratamentos psicodélicos — o mesmo acontece com os antidepressivos.

Os cientistas ainda não sabem ao certo por quê psicodélicos como psilocibina, LSD e mescalina não produzem efeitos semelhantes para todos. Uma possibilidade é que a genética de cada indivíduo tenha um papel significativo nesse jogo.

Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, publicaram, na semana passada, um estudo que colocou um pouco mais de luz sobre a questão, ao revelar que até 8% da população apresenta variações genéticas no receptor 5-HT2A de serotonina.

O objetivo da pesquisa era explorar como as variações neste receptor de serotonina alteram a atividade de quatro terapias psicodélicas — a psilocibina, mescalina, 5-MeO-DMT e o LSD. A pesquisa com células humanas em um laboratório mostrou que sete variantes impactam de forma única e diferencial a resposta do receptor a elas e que isso pode contribuir para que a terapia psicodélica não funcione para todos.

Os pesquisadores acreditam que a pesquisa in vitro pode ser útil para determinar terapias de saúde mental adequadas para os pacientes. “Achamos que os médicos devem considerar a genética dos receptores de serotonina de um paciente para identificar qual composto psicodélico provavelmente será o tratamento mais eficaz em futuros ensaios clínicos.”

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