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Na madrugada deste quinta-feira, 01/11, 4 dias após a apuração das eleições, três pessoas da comunidade LGBT foram agredidas verbal e fisicamente por dois homens, na praça do Varjão, perto da quadra 5 e de uma igreja da congregação no Distrito Federal. O grupo era composto por uma lésbica, um bissexual e uma mulher transexual.

Segundo relato das vítimas, os agressores estavam com um pedaço de madeira e primeiro abordaram a mulher trans, dizendo “por acaso você é mulher pra estar usando essa roupa?”, e em seguida a espancaram. Em resposta ao ataque, as duas outras pessoas foram tentar ajudar, porém também foram agredidas.

A polícia foi chamada, no entanto não realizaram nenhuma ação, apenas rondaram a praça e apesar de afirmarem ter encontrado um suspeito, não o abordaram.

Critico e opositor declarado das pessoas LGBTs, Bolsonaro sequer citou o termo “LGBT” nas páginas de seu projeto para o país, e desde de sua eleição, relatos de violência contra a população LGBT tem vindo à tona de diversos lugares do país.

Brasil é o país que mais mata LGBTs no mundo. 1 a cada 19 horas. Das 445 mortes registradas pelo GGB em 2017, 194 eram gays, 191 trans, 43 lésbicas, 5 bissexuais e 12 heterossexuais (parentes ou conhecidos de LGBTs que foram mortos por algum envolvimento com eles).

Sobre a maneira como eles foram mortos, 136 episódios envolveram o uso de armas de fogo, 111 foram com armas brancas, 58 foram suicídios, 32 ocorreram após espancamento e 22 foram mortos por asfixia. Há ainda registro de violências como o apedrejamento, degolamento e desfiguração do rosto.