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Por José Carlos Almeida para os Estudantes NINJA

Na última sexta-feira (03), estudantes e servidores do Instituto Federal do Pará (IFPA) do município de Santarém realizaram um ato contra o governo Bolsonaro e seu ministro da Educação.

No estado, o Instituto deflagrou greve no sábado (21), e de lá para cá campis de vários municípios do estado vem aderindo ao movimento grevista.

“A Direção Executiva do SINASEFE IFPA, CTRB e CIABA informam os servidores e servidores da base sindical que cumpriu todos prazos e requisitos exigidos por lei para a adesão à greve pelo tempo intermpuado do funcionalismo federal”, informa a nota encaminhada a imprensa no mês passado pela categoria. “A notificação já foi encaminhada para a Reitoria e Diretorias Gerais dos campi do IFPA e, no último sábado, dia 21 de maio, foi publicado, em jornal de grande circulação no Pará, o comunicado de deflagração do movimento grevista”.

Em Santarém, após o ato de ontem e assembleia geral de hoje, o campus deflagrou oficialmente a greve e se somou aos 15 campi do estado do Pará que já estão em greve ou ocupados pelos grevistas e estudantes. No total, o Pará conta com 18 campi de IFs.

Na tarde de ontem, foram elencados diversos fatores que evidenciam a ingerência política por parte de Bolsonaro e a importância das paralisações e ações em defesa dos Institutos e da educação brasileira.

“No momento, o comando de greve recebeu do movimento estudantil suas pautas (infraestrutura, segurança e assistência ao Educando), pois acreditamos que podemos juntos vencer este que é o pior momento da história desde a criação do IF em 2008”, afirmou o estudante Francisco Costa.

Francisco Costa, 18 anos, é estudante do ensino médio integrado ao curso técnico em edificações e lamenta a situação do Instituto.

“Só o Campus Santarém foram bloqueados em torno de 500 mil reais, o que representa cerca de 20% do orçamento desta unidade educacional (campus), e quando falar da Macro IFPA o corte representa equivalente a 14,53% ou 10 milhões de um valor se equiparado a 2016, circunda cerca de apenas 40% a menos. O que mostra o descaso com a Educação Pública de Qualidade que vinha sendo projetada neste país”, finalizou.

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