Estudantes fizeram ato nesta quinta-feira (10) em repúdio ao Colégio Liceu Nilo Peçanha

A estudante Nicole Barbosa publicou um relato em seu perfil no Instagram envolvendo transfobia no Colégio Liceu Nilo Peçanha, localizado em Niterói, no Rio de Janeiro. Ela conta que foi intimidada por inspetora depois de ter usado o banheiro feminino da escola. O caso ocorreu na manhã de quarta-feira (9).

“Quando eu saía do banheiro, uma das inspetoras da escola me abordou e me perguntou se eu estava usando o banheiro feminino. Eu a respondi que sim e ela disse o que segue: ‘Não! Você não pode usar o banheiro das meninas e lá na sua matrícula diz que seu nome é outro’ (referindo-se ao meu nome de registro que ocorre de ser masculino)“, escreveu.

 

Ela conta ainda que foi com outra colega trans relatar o caso à diretora da instituição. “Chegando lá fui orientada pela diretora a usar o banheiro masculino para pessoas com algum tipo de deficiência nas pernas até o caso fosse levado para a Seeduc”. Conforme publicado no Site Pheeno, a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) publicou uma nota informando que o caso se tratava de um equívoco de uma funcionária do colégio. “Há dois anos, um banheiro especial foi criado para atender ao público LGBTQIA+ na escola. No entanto, não há regra para o uso exclusivo deste banheiro“.

Alunos mobilizados pelo movimento estudantil em Niteroi, especialmente a União da Juventude Socialista (UJS) e o Grêmio Estudantil SOS Liceu, fizeram um ato contra a transfobia em frente ao Colégio Liceu Nilo Peçanha na manhã desta quinta-feira (10). Para os estudantes, a justificativa da Secretaria de orientação para um banheiro especial só reforça a transfobia no ambiente escolar.