Estudante da UFOP que criou garrafa capaz de tornar qualquer água potável vence torneio mundial
Ao todo, foram submetidas 4.041 ideias de vários países
Uma ciência inovadora colocou Bárbara Paiva, uma estudante engenharia da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) na finalíssima de uma competição mundial que avalia projetos construídos por alunos de diversos países. O concurso terminou no domingo 27/03 em Istambul, na Turquia e Bárbara foi a grande vencedora do torneio de storytelling. Ao todo, foram submetidas 4.041 ideias de vários países.
Formada em Engenharia Ambiental pela UFOP, Bárbara desenvolveu o projeto de uma garrafa para esterilização de água por radiação, filtragem a resfriamento de água para o consumo humano em regiões com precárias condições sanitárias. Conforme informações da UFOP, o projeto, denominado de AQUALUX, pode ser aplicado em regiões e situações onde o acesso a água potável não seja acessível, como regiões de baixo desenvolvimento, além de dar suporte a esportistas e campistas.
“A oportunidade de idealizar e desenvolver um produto que possa beneficiar as comunidades sem acesso a água potável, ou os esportistas e simpatizantes em atividades em campo, é fantástica, é a principal inspiração para o desenvolvimento da Aqualux”, contou Bárbara ao jornal da universidade.
Além de ser um projeto transformador já que ele muda realidades a quem tem pouco acesso à água de qualidade, é também ambientalmente favorável.
Primeiro, a aluna da UFOP venceu a etapa nacional com a tecnologia que produz água esterilizada por meio da radiação, com filtro carregado a partir da luz solar, todo processo sem nenhuma energia poluente.
A tecnologia venceu 443 equipes de todo o país e cruzou fronteiras para disputar a tão esperada final com outras ideias de alunos de 44 países.
Vale lembrar, que o Brasil tem atualmente cerca de 40 milhões de pessoas sem acesso à água potável. A inovação trazida pela estudante mineira promete avanço social e dignidade às milhares de famílias que vivem em condição de vulnerabilidade.
Conforme o jornal da UFOP, a ideia do projeto surgiu a partir da participação da estudante na disciplina Empreendedorismo e Inovação, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, ministrada pelo professor André Luís Silva. A disciplina teve a mentoria dos professores Rodrigo Fernando Bianchi e André Talvani, que coordenam os Laboratórios de Polímeros e de Propriedades Eletrônicas de Materiais (Lappem/Defis) e de Imunobiologia da Inflamação (Labbin/DECBI) da UFOP.
Tanto os laboratórios quanto os pesquisadores são financiados pelos fundos de apoio à ciência e à pesquisa universitária, como Fapemig, Capes e CNPq.