A ministra da Saúde, Nísia Trindade, se reúne hoje com governadores para discutir o combate à dengue, enquanto o presidente Lula se encontra com o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Thedros Tedros Adhanom, para reforçar uma agenda comum de combate ao mosquito. Só em 2024, ao menos 29 pessoas morreram e mais de 260 mil contraíram a doença, 300% a mais do que no mesmo período do ano passado.

Acre, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, além de algumas cidades do Mato Grosso do Sul e a cidade do Rio de Janeiro decretaram situação de emergência.

Oficialmente, o diretor-geral da OMS virá ao país para o lançamento de um plano de eliminação de doenças como tuberculose, malária e Aids. Contudo, a dengue deve ser pautada no encontro, que terá a presença do presidente Lula.

A vacina Qdenga , do laboratório japonês Takeda, teve seu registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. O processo permite a comercialização do produto no Brasil, desde que mantidas as condições aprovadas. Em dezembro, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação do insumo no Sistema Único de Saúde (SUS) .

Na próxima semana, as doses começam a ser distribuídas a 521 municípios selecionados pelo Ministério da Saúde para iniciar a vacinação na rede pública. As cidades compõem um total de 37 regiões de saúde que, segundo a pasta, são consideradas endêmicas para a doença. Serão vacinadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de idade, faixa etária que concentra maior número de hospitalizações por dengue, atrás apenas dos idosos.