Por Sé Souza

O longa-metragem mineiro “Tudo o que Você Podia Ser” marcou presença na programação da 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes, evento que abre o calendário de festivais/mostras de cinema no Brasil. O filme, que tem direção de Ricardo Alves Jr., integrou a “Mostra Autorias”.

Com protagonismo queer, o filme mostra o último dia de Aisha em Belo Horizonte. “Acompanhamos a despedida na companhia de suas melhores amigas: Bramma, Igui e Will. Por meio do cotidiano e dos encontros entre as personagens, o filme tece um retrato afetuoso sobre a família que se escolhe constituir através do valor da amizade”, diz a sinopse oficial.

“Tudo o que Você Podia Ser” também se destacou no último Festival Mix Brasil – focado em arte LGBTQIAPN+ -, onde o assisti pela primeira vez. No evento, o filme foi premiado como o Melhor Longa Nacional (júri popular). No Festival do Rio 2023, a produção levou dois prêmios: Melhor Direção, para Ricardo, e o Prêmio Especial do Júri.

Acompanhar, mesmo que brevemente, a jornada destas quatro pessoas, que para além de amigas, são uma família, é algo que possui o potencial de se tornar um dos filmes LGBTs mais adorados pelo público. Seja pelos dramas das personagens, ou pelo humor que as mesmas trazem à tela, “Tudo o que Você Podia Ser” pode ser facilmente descrito como um “Sex and The City” queer. Brincadeiras à parte, o longa de Ricardo Alves Jr. toca fundo no coração sem deixar de divertir o espectador.

A dificuldade em dizer adeus a pessoas tão queridas e presentes se transforma na sensação de que o que é real permanece. A amizade e a ligação entre elas não irá se desfazer apenas com a distância. Melhor que isso, é aceitar a fluidez da vida e se abrir para as possibilidades que são apresentadas, em tudo o que elas podem ser.

Foto: Divulgação

Em Tiradentes, após a exibição do filme, o diretor Ricardo Alves Jr. e o elenco formado por Aisha Brunno, Bramma Bremmer, Igui Leal e Will Soares, bateram um papo super especial sobre o desenvolvimento do projeto, curiosidades dos bastidores, além de comentar sobre a importância de ter um filme como este na Mostra de Tiradentes, uma vez que o evento acontece durante o Mês da Visibilidade Trans, com o Dia oficial da efeméride celebrado nesta segunda-feira (29).

“É como se a gente estivesse fazendo e criando uma obra, que a partir dela, algum tipo de reparação histórica também fosse feita ou pensada (…) E isso me dá um orgulho danado”, diz Aisha Brunno.

Confira a entrevista completa:

 

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