Durante Papo NINJA, senador apresenta planejamento da CPI da Covid, que deve começar ouvindo os ex-ministros da Saúde a partir da próxima terça-feira (4)

 

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar a conduta do governo federal diante da crise sanitária no Brasil já teve início no Congresso Nacional com a composição da mesa e relatoria. Após os primeiros trabalhos do dia, o senador Randolfe Rodrigues, eleito vice-presidente da CPI, participou do Papo NINJA e adiantou sobre o planejamento da Comissão. O senador Omar Aziz foi eleito presidente e o senador Renan Calheiros será relator.

“Talvez esta seja a CPI mais importante da história do Congresso Nacional desde o surgimento das CPIs na Constituição de 1946”, disse Randolfe. “É uma comissão que está na casa de todos os brasileiros, porque todas as famílias foram afetadas pela pandemia”.

Randolfe apontou todas as tentativas do governo federal para impedir o funcionamento da CPI da Covid. O governo tentou impedir as assinaturas, logo após buscou retirá-las, criar outra CPI para tumultuar, adiar a instauração, tentou uma decisão judicial de primeira instância pra alterar o curso da comissão e ainda buscou conturbar o início dos trabalhos nesta terça-feira (27). Contudo, todas as tentativas foram mal sucedidas.

No último minuto, o governo, por meio da Casa Civil, publicou uma carta a seus ministérios em que relata 23 pontos esperados pela CPI. Foi uma espécie de “carta de confissão”, como dito por Raissa Galvão, da Mídia NINJA, ao iniciar o assunto em entrevista ao senador Randolfo. “Este é o primeiro caso de delação precoce que eu já vi na vida”, disse Randolfe.

Com os três ex-ministros convocados como testemunhas, a CPI deve começar a ouvi-los a partir da próxima terça-feira (4). Entre os primeiros materiais que devem ser coletados para investigação, estão os processos administrativo de contratação de aquisição de vacinas e insumos, gastos orçamentários e documentos que comprovem qual foi o diálogo estabelecido entre as autoridades sanitárias de Manaus e o governo federal para o auxílio de envio se suplementos hospitalares, em especial oxigênio.