“Nós estamos aqui para fazer propaganda das nossas ideias de defesa de direitos humanos, de igualdade, de justiça”. Douglas Belchior traz sua história no ativismo como ferramenta de atuação política

Foto: Mídia NINJA

“Sou militante desde adolescente, desde o final dos anos 90 com a formação da Educafro em São Paulo, o movimento de cursinhos populares. Eu já era um ativista social na igreja onde minha mãe atuava, nas pastorais da juventude.” A luta por direitos está na vida de Douglas Belchior desde cedo, e não é somente pela população negra. É pelas mulheres, pelos estudantes, povos indígenas, população LGBTQIAPN+ e todas as pessoas que tem seus direitos cerceados pelo sistema que está colocado no país.

“Eu me sinto como se tivesse vivendo um momento de colheita de tantos anos de atuação e de luta”. Douglas Belchior é professor de história, foi um dos fundadores da Uneafro-Brasil, ajudou na construção da Frente Pró Cotas Raciais do Estado de São Paulo, onde também foi um dos fundadores do Comitê de Luta Contra o Genocídio. Um nome ativo na defesa da Educação e o enfrentamento ao racismo e à violência policial, o que o levou a palestrar em universidades internacionais e o colocou como um dos expoentes do combate ao racismo no país.

“Educação é o eixo fundamental, é o chão da nossa atuação”. Douglas Belchior aponta que um plano nacional de educação antirracista é fundamental para a valorização e manutenção de estudantes e professores nas escolas, e também de um maior acesso à educação, acesso às universidades, planos de carreira para professores. A educação é uma pauta positiva, que a partir dela é possível trazer melhorias para a vida dos jovens negros, suas famílias, é um elemento fundamental para a garantia da vida, como Belchior coloca.

Outra pauta importante para o professor é a Segurança Pública e “o enfrentamento ao que nós chamamos de genocídio negro, que é a postura de um estado racista violento e assassino contra o nosso povo”. Douglas Belchior afirma que essas são duas pautas que o acompanharão dentro do Congresso Nacional considerando que irá fazer a defesa de um Estado que ofereça condições, serviços públicos e investimentos para políticas públicas efetivas, como ele coloca, explicando que esse será o norte de sua atuação na casa legislativa.

“Eu sou um militante de movimento negro, então enfrentar a violência do Estado, a violência da polícia, a violência institucional no Brasil é parte da minha atuação enquanto militante de movimento. E a ocupação do espaço institucional, através de um processo eleitoral, como é esse que eu tô vivendo agora, é a extensão dessa tarefa.”

NINJA nas eleições

Esta entrevista faz parte de um projeto autônomo da Mídia NINJA para visibilidade para candidaturas antifascistas.

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