Papel das mulheres é tema de festival internacional de cinema LGBT de Goiás que começa nesta quinta-feira (3)

Divulgação / Café com Rebu, de Danny Barbosa, PB.

Começa hoje! Até o dia 9 de junho, o DIGO – Festival Internacional de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero de Goiás traz uma programação com 41 filmes selecionados, com cinco mostras competitivas: Nacional, Mulheres LGBTI+ no cinema, A pandemia é Política, Internacional e Longas Metragens. Também haverá uma mostra não competitiva com sete filmes premiados pela distribuidora The Open Reel.

Os melhores filmes escolhidos pelo júri e público receberão o troféu DIGO e prêmios de parceiros. O voto do público ocorre até o dia 8 de junho e a premiação acontece no último dia de festival (09/06), às 19h.Com o tema mulheres no audiovisual, que terá uma mostra exclusiva, o DIGO se posiciona em 2021 como um dos destaques em festivais com temática LGBT em todo o calendário nacional.

A grande novidade desta edição, que terá programação virtual, são os webinars. Serão oito aulões com professores e ativistas de renome nacional, que ministraram aulas sobre politização LGBTI+.“O objetivo é contribuir para o poder de fala e de rebate a ignorância e ao fascismo. Com foco em assuntos pertinentes a todo brasileiro, que deseja aprender e compreender as diversas necessidades da sociedade. Humanização, empatia e amor ao próximo são alguns dos temas tratados”, explica Cristiano Sousa, diretor do evento.

Além das aulas e filmes, a programação conta com bate-papos, workshop, espetáculos teatrais e exposição artística (esta última: presencial e online). Os filmes serão exibidos pelo site: digofestival.com.br e as demais atrações no facebook do festival. O acesso é gratuito! Além da exibição no site do festival, a plataforma https://cinebrac.com.br/ disponibilizará uma mostra especial com filmes do 6º DIGO, durante todo o mês de junho. A exibição será gratuita e ainda premiará o melhor filme na visão do público.

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Workshop

“Documentando com Marlom Meirelles” é o nome do Workshop que tem por objetivo promover uma discussão sobre narrativas documentais e representatividade LGBTI+. O evento acontece de forma online pela plataforma zoom, na sexta (04/06), às 19h. Serão 30 vagas para interessados em audiovisual a partir de 16 anos. Não é necessário ter experiências prévias e haverá uma prioridade para pessoas trans.

Marlom Meirelles é coordenador e também professor dos projetos Documentando e Mídias Móveis, oficinas temáticas de iniciação audiovisual. Fotógrafo com experiência internacional e dois prêmios Pernambuco Nação Cultural. Orientou e co-dirigiu mais de 70 documentários, muitos deles premiados e exibidos em festivais de cinema.

Encontros e teatro

Nesta edição acontecem dois encontros importantes entre realizadores e produtores. O primeiro é o III Encontro de Festivais de Cinema e Mostras LGBTI+ do Brasil, no sábado (05/06) às 15h. O segundo é o I Encontro de Festivais LGBTI+ da América Latina e Caribe que acontece no domingo (06/06), a partir das 17h. Ambos serão transmitidos ao vivo, pelo facebook do DIGO.

No sábado (05/06) às 19h o público do festival poderá conferir “VerbOverdose” com Rodrigo Rosado. O espetáculo com duração de 25 minutos trata-se de uma leitura dramática pensada para o formato virtual. É um experimento baseado no conto “O Homem da cabeça de papelão” de João do Rio, escrito em 1910 e relatos pessoais do processo de aceitação de ser gay em uma sociedade machista.

“Porco Espinho” é um monólogo interpretado por Fábia Mirassos. A atriz em pesquisa sobre a solidão da travesti debruçou-se sobre a metáfora do filósofo Arthur Schopenhauer para explorar os dilemas afetivos da convivência humana. Escrita pelo dramaturgo Marcelo Oriani, a peça metragem tem a duração de 32 minutos e será exibida no domingo (06/06) às 21h. As duas peças serão transmitidas pelo facebook do festival.