Um estudo recente revelou que cerca de 30 milhões de brasileiros, aproximadamente 14% da população do país, são vegetarianos. Os dados foram obtidos por meio de uma pesquisa conduzida pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope).

No Distrito Federal, esse número parece ser ainda mais significativo, com 38,3% da população tentando evitar ou reduzir o consumo de carne, conforme indicado por um estudo realizado em 2023 pelo Observatório de Políticas Públicas da Universidade de Brasília (UnB).

O Dia Mundial sem Carne, celebrado em 20 de março, é uma oportunidade para questionar os hábitos alimentares e considerar alternativas mais sustentáveis. Criado em 1985 nos Estados Unidos, o dia incentiva as pessoas a começarem uma jornada em direção ao vegetarianismo.

Enquanto isso, no Brasil, o consumo de carne permanece alto, com o país classificado como o quinto maior consumidor per capita do mundo. No entanto, estudos recentes indicam uma tendência de redução no consumo, impulsionada por preocupações com saúde, meio ambiente e bem-estar animal, mas também questões de soberania alimentar e desigualdade social.

De acordo com a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), a produção de carnes representa parcela significativa das emissões de gases estufa no planeta, além de contribuir para o desperdício de água e o desmatamento.

A associação aponta que, sem o consumo de proteína animal por um dia, 11 kg de gás carbônico deixariam de ser liberados na atmosfera, 60 litros de água seriam economizados e 24 mil metros quadrados de terra seriam poupados.

Desigualdade no prato nosso de cada dia

O prato nosso de cada dia é servido com grandes pitadas de desigualdades sociais e exploração, regado ao sabor amargo das contradições de um sistema alimentar que prioriza o lucro acima de tudo, vendo a alimentação apenas como uma fonte inesgotável de receitas.

“O mito de que somos soberanos em nossas escolhas alimentares cai por terra quando percebemos que somos forçados a engolir, dia após dia, litros de veneno e alimentos que não nutrem nosso corpo”, destaca a Xepa Ativismo, núcleo da Mídia NINJA que ofereceu o Circuito de Formação “O que tem no nosso prato?”.

Quanto de agrotóxicos está presente no feijão que consumimos diariamente? E no tomate e no pimentão? E no arroz básico de cada refeição? Por que as embalagens coloridas dos ultraprocessados dominam cada vez mais sua geladeira e despensa? Quem é e o que está por trás da comida que chega no meu, no seu, no nosso prato?

Os cinco “aulões” online e gratuitos, ministrados por professores(as) e pesquisadores(as) do tema estão disponíveis no Youtube. Confira:

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