Dia 11 se comemora o Dia Nacional do Cerrado, o berço das águas! A região Centro-oeste é onde predomina esse bioma, que é o segundo maior do Brasil e da América do Sul, de importância estratégica para o abastecimento e manutenção da biodiversidade.

Ocupando cerca de 22% do território nacional, é o segundo maior bioma brasileiro, se estendendo por 12 estado, e chama atenção pela sua diversidade.

Estima-se que o bioma abrigue cerca 10 mil espécies vegetais, mais de 800 espécies de aves e 160 de mamíferos – 5% de toda a biodiversidade mundial. O bioma contém três das principais bacias hidrográficas sul-americanas – a do Tocantins-Araguaia, São Francisco e Prata.

Foto: Raissa Azeredo / Mídia NINJA

Entretanto, o bioma está extremamente ameaçado. O Cerrado teve 189 km² de área sob alerta de desmatamento em agosto deste ano. Entre 2018 e 2019, o desmatamento ceifou 6.483,4 Km² do bioma – equivalente a quatro vezes o território da cidade de São Paulo.

De janeiro até 17 de agosto, Mato Grosso teve 1,7 milhão de hectares consumidos pelo fogo. Área cinco vezes maior que a cidade de Cuiabá. As áreas do Cerrado representam 31% desse total. Na Chapada dos Guimarães, o fogo já consumiu 2 mil hectares de vegetação nativa.

Mais da metade dos alertas de foco de incêndio estão em áreas legais: Os alertas se concentram em imóveis registrados no Cadastro Ambiental Rural (61%), seguidos das áreas não cadastradas (21%) e dos assentamentos rurais (11%).

Ameaçado pela agricultura e a pecuária, além da exploração de madeira para a produção de carvão. Estima-se que 20% das espécies nativas e endêmicas já não ocorram em áreas protegidas e que pelo menos 137 espécies de animais estão ameaçadas de extinção.

O Parque Nacional das Emas possui 132 mil hectares e é uma das maiores áreas preservadas de Cerrado da América Latina, sendo considerado Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco. Em 2019, um incêndio atingiu o Parque Nacional das Emas, consumindo mais de 6 mil hectares.

Foto: Ferrarezi Jr.

O Lobo Guará, o maior canídeo sul-americano, típico do Cerrado e que estampa a nova cédula de R$ 200, corre risco de entrar em extinção.

O animal depende da preservação de seus ambientes naturais para continuar existindo. O avanço desordenado de atividades humanas proporciona a perda de habitats, o aumento da caça, de atropelamentos e da disseminação de doenças a partir do contato com cães domésticos.

As terras indígenas da região são as que concentram o maior índice de preservação e vivem sob ameaça.

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