Após o saldo negativo da era Temer e Bolsonaro, a economia brasileira apresentou sinais de recuperação no último trimestre, com impacto direto na taxa de desemprego do país. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (28), a taxa de desocupação registrou um índice de 8% no segundo trimestre.

Esse é o melhor resultado para a taxa de desemprego no mesmo período desde 2014, alcançando um patamar de 6,9% naquela ocasião. A redução de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, entre janeiro e março (8,8%), é um indicativo promissor para a economia do país.

O contingente de desempregados teve uma significativa queda de 8,3% em relação ao trimestre anterior, chegando a 8,6 milhões de pessoas. Em comparação com o último trimestre do ano passado, houve uma diminuição de 785 mil pessoas no número de desocupados. Em relação ao mesmo período de 2022, a redução é ainda mais expressiva, chegando a 14,2% ou aproximadamente 1,4 milhão de trabalhadores a menos desempregados.

O total de brasileiros empregados também apresentou um crescimento animador, com um aumento de 1,1% em relação ao trimestre anterior, totalizando 98,9 milhões de pessoas ocupadas. Esse crescimento foi ainda mais notável na comparação anual, onde houve um acréscimo de 0,7%, correspondendo a 641 mil novos trabalhadores inseridos no mercado.

Um dos aspectos interessantes apontados pela pesquisa é o destaque do emprego sem carteira assinada como fator de crescimento da ocupação. O contingente de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada registrou um crescimento de 2,4% na comparação trimestral, totalizando 13,1 milhões de pessoas. Enquanto isso, o grupo de trabalhadores com carteira assinada no setor privado se manteve estável no trimestre, mas mostrou um crescimento significativo de 2,8% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, com um total de 36,8 milhões de pessoas empregadas nessa categoria.

Embora os números sejam encorajadores, vale ressaltar que a taxa de informalidade ainda se mantém alta, atingindo 39,2%. Isso representa um desafio para o mercado de trabalho brasileiro e evidencia a necessidade de políticas que estimulem a formalização dos empregos.

A redução da taxa de desemprego sinaliza uma possível retomada do crescimento econômico, trazendo esperança para os trabalhadores e o país como um todo. Porém, é fundamental que o governo, empresas e sociedade continuem empenhados em promover o desenvolvimento sustentável do mercado de trabalho, buscando soluções para o aumento da formalidade e proporcionando melhores oportunidades de emprego para todos os brasileiros.