Foto: arquivo pessoal

Os agressores de Robson Gael, atacado em via pública na capital paulista, foram identificados no dia da agressão mas o caso foi enquadrado apenas como crime de “menor potencial ofensivo”, como se tudo não passasse de uma mera “lesão corporal leve”, sem as condutas de racismo ou injúria racial.

Os advogados Djefferson Amadeus e Paulo Iotti, que assumiram o caso, ficaram indignados com a postura do delegado em São Paulo. Djefferson é diretor do Instituto de Defesa da População Negra (IDPN) e Iotti é autor da ação e um dos advogados responsáveis pela defesa de equiparação da LGBTfobia a crime de racismo no STF.

“Além disso, o cachorro de Robson também foi chutado, sendo lançado para o meio da rua, o que constitui crime. Este fato também não foi capitulado e precisa sê-lo”, relataram à Mídia NINJA. O vídeo que circulou nas redes registra momentos depois que a agressão já havia se iniciado e o cachorro lançado com chutes.

Segundo os advogados, seu cliente relatou ter sido xingado de “preto safado” e “viadinho”, mas tais ofensas racistas (negrofóbicas e homofóbicas) não constam do inquérito até o momento, apesar de Robson as ter relatado em seu depoimento.

Em relato exclusivo à NINJA, os advogados afirmaram que receberam com muita indignação o fato. “Aqui temos um advogado negro e um advogado gay, isso significa que se preciso for vamos defender os interesses de nosso cliente onde quer que seja, dado ser inadmissível que uma pessoa seja agredida e ofendida por ser negra e gay”, disseram.

Relembre o caso: