Ester García López, advogada da mulher vítima de estupro pelo jogador brasileiro Daniel Alves, fez um pedido de anulação pela Procuradoria do Ministério Público da Espanha para que Alves volte à prisão por risco de fuga. Ele foi solto na manhã de terça-feira (25) e deixou a penitenciária de Brians 2, em Barcelona, após pagar uma fiança de R$ 5,5 milhões. Alves foi condenado em primeira instância a quatro anos e seis meses de prisão por estupro.

A advogada da vítima afirma que Alves utiliza a Espanha apenas para férias, enquanto sua família reside no Brasil, o que levanta preocupações sobre sua disposição de abandonar o processo legal em curso.

O recurso destaca ainda as decisões anteriores do Tribunal em manter a prisão preventiva de Daniel Alves, apontando para a proximidade do julgamento como fator relevante para evitar a fuga do réu. Essa medida foi tomada para proteger a vítima e evitar sua revitimização, uma vez que o caso já atrai grande atenção da mídia.

A soltura de Daniel Alves antes da decisão em segunda instância, enquanto uma condenação em primeira instância permanece, é vista pela acusação como uma revitimização da mulher estuprada e, ademais, como uma mensagem preocupante à sociedade, sugerindo que a condenação por um crime tão grave possa ser anulada mediante o pagamento de uma fiança.

*Com informações da UOL e AFP