A Corte Internacional de Justiça (CIJ) iniciou hoje a audiência para deliberar sobre a acusação feita pela África do Sul contra Israel, com o apoio do Brasil. A ação solicita que a CIJ declare que Israel violou a Convenção para Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio durante o conflito contra o grupo fundamentalista Hamas na Faixa de Gaza.

O conflito, que já perdura por mais de três meses, resultou na morte de mais de 23 mil palestinos, segundo autoridades do enclave.

“A situação é tal que especialistas agora preveem que um número ainda maior de pessoas em Gaza pode morrer de fome e doenças”, alertou a advogada da África do Sul na CIJ, Adila Hassim.

Na quarta-feira (10), o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva expressou o apoio do Brasil à ação movida pela África do Sul, denunciando “flagrantes violações ao direito internacional humanitário” durante o conflito no Oriente Médio.

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, reconheceu que os ataques israelenses em Gaza atingem a população civil, mas destacou que “genocídio é outra coisa”. Tajani pediu que Israel não ultrapasse os limites da justa reação para derrotar o Hamas.