A Corte Internacional de Justiça (CIJ), o mais alto órgão judicial das Nações Unidas, fez um apelo urgente nesta sexta-feira (26), ordenando Israel a tomar todas as medidas necessárias para evitar qualquer possível ato de “genocídio” na Faixa de Gaza. Este chamado surge em meio ao conflito em curso entre Israel e o movimento palestino Hamas desde outubro.

A CIJ declarou que Israel deve empreender esforços para “impedir a prática de todos os atos dentro do âmbito de aplicação” da Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio. Além disso, a Corte delineou uma série de medidas específicas que Israel deve adotar imediatamente:

  • Interrupção dos Ataques aos Palestinos: Israel foi exortado a interromper todos os ataques na Faixa de Gaza contra o movimento Hamas.
  • Prevenção do Incitamento ao Genocídio: A CIJ insistiu que Israel deve tomar medidas para evitar qualquer forma de incitamento ao genocídio contra os palestinos como grupo.
  • Garantia da Entrada de Ajuda Humanitária em Gaza: Israel foi chamado a facilitar a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, onde as condições humanitárias têm se deteriorado devido ao conflito.
  • Preservação de Evidências: Israel deve garantir a preservação de evidências relacionadas aos eventos na Faixa de Gaza.
  • Relatório sobre Cumprimento das Medidas: A CIJ solicitou que Israel envie um relatório detalhado sobre o cumprimento dessas medidas dentro de um prazo de um mês.

A Corte Internacional de Justiça reforçou que todas as partes envolvidas no conflito estão vinculadas pelo Direito Internacional Humanitário e devem seguir suas disposições. Além disso, a CIJ fez um apelo ao movimento Hamas pela libertação imediata de reféns em Gaza. O Hamas afirmou que Israel mantém reféns, e que também exige a libertação de todos eles.

Mais de 20 mil palestinos já morreram. Do lado de Israel, as vítimas chegam a 1,2 mil.